Governo lança consulta pública para leilão de energia que atende pico de consumo

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que em breve serão abertas as regras para consulta pública do leilão de capacidade de energia que o governo planeja realizar este ano.

Este leilão é aguardado pelo mercado como uma medida para reforçar a segurança energética nacional, principalmente durante os horários de maior consumo, entre 18h e 21h.

— Está prevista a consulta pública para o leilão de capacidade que realizaremos ainda este ano. A energia térmica a gás será um dos principais produtos. O gás é fundamental para fortalecer o sistema elétrico do país e posicionar o Brasil como líder na transição energética global. Ele serve como complemento às fontes renováveis e contribui para aliviar a carga sobre as usinas hidrelétricas.

Recentemente, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontou que existe um déficit estrutural crescente no fornecimento de energia para atender a demanda. Por isso, apoia a realização de leilões e a adoção do horário de verão.

Alexandre Silveira participou nesta segunda-feira da inauguração da Usina Termelétrica GNA II, localizada no Parque Termelétrico do Açu, em São João da Barra, no norte do Rio de Janeiro.

O evento contou com a presença do presidente Lula e dos ministros de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho; dos Transportes, Renan Filho; e das Mulheres, Márcia Lopes.

A GNA II, que funciona a gás natural, possui uma capacidade instalada de 1,7 GW, suficiente para abastecer cerca de 8 milhões de domicílios. O projeto recebeu investimentos de R$ 7 bilhões e gerou 10 mil empregos diretos e indiretos durante sua construção.

Este empreendimento é parte do Novo PAC do governo federal. Foi assinado também um acordo de intenções entre o Porto do Açu e o Ministério de Minas e Energia para fomentar o mercado de gás natural no país.

— Hoje comemoramos o início das operações comerciais da nossa segunda usina, a GNA II, atingindo o total de 3 GW de capacidade instalada, o que reforça nossa contribuição para a robustez do Sistema Interligado Nacional — afirmou Emmanuel Delfosse, CEO da GNA.