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Economia

Governo lança edital de R$ 2 milhões para apoiar economia criativa

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Nesta sexta-feira (7), o Ministério da Cultura, junto com a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), apresentou o Edital Inova Cultura, que oferece R$ 2 milhões para incentivar startups e empresas da economia criativa.

Esse edital faz parte de um Acordo de Cooperação Técnica entre as duas instituições e tem como objetivo fomentar o empreendedorismo, a criação de empregos, o uso sustentável dos recursos e a valorização da diversidade cultural. O programa abrange estados do Nordeste, além do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.

Os recursos para os projetos vêm do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), que reserva 1,5% do seu orçamento para apoiar iniciativas de pesquisa, desenvolvimento e inovação. O edital não prevê transferência financeira direta entre o Ministério e a Sudene.

Cláudia Leitão, secretária de Economia Criativa do Ministério da Cultura, destacou que a economia criativa ainda é pouco reconhecida no Brasil, e que iniciativas como o Inova Cultura podem ajudar a preencher essas lacunas.

“Há muita informalidade e precariedade no setor cultural, além da falta de dados que mostrem a contribuição da cultura e da criatividade para o PIB do país. O Brasil ainda precisa valorizar suas histórias e reconhecer seu potencial cultural. O direito à criatividade e à soberania cultural passa pelo consumo dos nossos próprios produtos”, afirmou.

Segundo dados do Ministério da Cultura, a economia criativa representa cerca de R$ 230 bilhões na economia brasileira e emprega aproximadamente 7,8 milhões de pessoas em mais de 130 mil empresas registradas.

Cláudia também mencionou que há planos para lançar a Política Nacional de Economia Criativa, chamada ‘Brasil Criativo’, que será desenvolvida de forma colaborativa com estados e municípios, envolvendo 10 ministérios diferentes.

Ela ressaltou ainda a importância de políticas públicas permanentes para o setor, além dos editais habituais.

“Normalmente, quando se fala em cultura, menciona-se sobretudo editais. Contudo, é fundamental avançar com microcréditos orientados para pequenos empreendedores e fundos garantidores, para que o investimento ultrapasse o caráter pontual dos editais. O edital é uma ferramenta, mas não substitui uma política pública ampla”, explicou.

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