Economia
Governo precisa de 20 bilhões para fechar orçamento de 2026, diz Haddad
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, afirmou nesta terça-feira que apresentou diferentes cenários ao Congresso Nacional sobre cortes em incentivos fiscais e outras medidas de arrecadação. De acordo com ele, o governo necessita de R$ 20 bilhões para concluir o Orçamento de 2026.
Ele explicou aos jornalistas, ao deixar o Ministério da Fazenda, que o valor necessário para fechar o orçamento gira em torno de R$ 20 bilhões.
Deputados envolvidos nas negociações do projeto que prevê uma redução de 10% nos incentivos fiscais (com exceção dos previstos na Constituição, como na Zona Franca de Manaus) estão buscando um acordo para escalonar esse corte ao longo de três a quatro anos. Essa medida visa viabilizar a aprovação ainda nesta terça-feira, dando tempo para que os setores afetados possam se reorganizar.
Haddad comentou que parlamentares demonstraram interesse em modificar os parâmetros desse corte, solicitando ao governo estudos para compensar a perda fiscal com outras medidas a serem analisadas no Senado.
Segundo ele, todos os parâmetros foram encaminhados e algumas simulações foram feitas para o relator do orçamento. Agora, a decisão está nas mãos do Congresso Nacional, que recebeu os subsídios necessários para que o orçamento possa ser votado até quinta-feira.
O principal projeto do Ministério da Fazenda para garantir essa arrecadação é o texto que prevê a redução de 10% nos incentivos fiscais, excetuando os previstos na Constituição. Os deputados negociam escalonar esse corte ao longo de vários anos para facilitar sua aprovação imediata e dar tempo para os setores impactados se adaptarem.
Haddad ressaltou a importância da aprovação da medida nesta terça na Câmara dos Deputados e na quarta no Senado para que o Orçamento de 2026 seja votado sem riscos fiscais.
Ele destacou que a aprovação precisa ocorrer rapidamente para que o relator do orçamento possa finalizar o texto com segurança, garantindo receitas concretas no orçamento.
O líder do MDB, Isnaldo Bulhões Jr. (AL), confirmou que a negociação inclui a inclusão de medidas que ficaram de fora ou foram bloqueadas no Senado, como a taxação de apostas e fintechs.
Fernando Haddad participou da reunião dos líderes para tratar do tema. A equipe da Fazenda aguarda o texto final do projeto para avaliar sua concordância.

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