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Economia

Governo solicita novos estudos para definir o futuro da usina Angra 3

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O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decidiu nesta quarta-feira que a Eletronuclear e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) devem atualizar os estudos sobre a Usina Nuclear de Angra 3, localizada em Angra dos Reis (RJ). O objetivo é analisar se o governo deve concluir a obra, buscar parcerias com a iniciativa privada ou até mesmo abandonar o projeto.

De acordo com a decisão, os técnicos precisam apresentar três opções: finalizar a usina com investimento privado, concluir a obra somente com recursos públicos ou calcular o custo de desistir do empreendimento.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou que Angra 3 é um projeto de grande importância para o país.

— Angra 3 fortalecerá o sistema integrado nacional com energia limpa, estável e de base, garantindo a segurança energética do Brasil — afirmou.

As obras de Angra 3, que começaram na década de 1980, estão paradas desde 2015 após denúncias de corrupção investigadas pela Operação Lava-Jato. Atualmente, cerca de dois terços da construção estão concluídos, com aproximadamente R$ 12 bilhões investidos até o momento. Um estudo do BNDES indicou que terminar a usina custaria cerca de R$ 23 bilhões, enquanto desistir do projeto poderia acarretar prejuízos de até R$ 21 bilhões.

Silveira já havia antecipado a necessidade de incluir essa pauta no conselho. Em setembro, ele destacou que a retomada do projeto demanda um planejamento cuidadoso do uso da energia nuclear no país, não apenas pela segurança do abastecimento, mas também pelo papel estratégico diante das incertezas globais.

Atualmente, o Brasil possui duas usinas nucleares em operação: Angra 1 e Angra 2, que juntas respondem por 0,8% da capacidade total de energia do país, conforme dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Caso Angra 3 seja finalizada, terá capacidade para suprir o consumo elétrico de cerca de 4,5 milhões de pessoas, o que representa aproximadamente 70% do uso residencial do estado do Rio de Janeiro.

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