Governo tem saldo positivo de R$ 36,5 bi em outubro, diz Tesouro

As finanças do governo central, que incluem o Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, tiveram um saldo positivo de R$ 36,5 bilhões em outubro, conforme divulgado pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira.

No mesmo mês do ano anterior, o saldo positivo foi de R$ 41 bilhões, o maior para outubro desde o início da série histórica. Isso representa uma queda de 10% em relação a outubro de 2024, mas ainda é o terceiro melhor desempenho para o período.

Este resultado foi alcançado por meio do saldo conjunto de R$ 57,2 bilhões do Tesouro Nacional e Banco Central, compensando o déficit de R$ 20,7 bilhões registrado pela Previdência Social.

No acumulado de janeiro a outubro deste ano, o déficit foi de R$ 63,4 bilhões, equivalente a 0,61% do Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo período do ano passado, o déficit somava R$ 62,5 bilhões, ou 0,64% do PIB.

Estes resultados são cruciais para o cumprimento da meta fiscal anual, que para 2025, busca equilíbrio entre receitas e despesas, permitindo uma margem de déficit ou superávit de até R$ 31 bilhões, representando 0,25% do PIB.

Um ponto de atenção é o desempenho financeiro das empresas estatais. A previsão de déficit com os resultados dos Correios e outras 12 estatais federais aumentou para R$ 9,2 bilhões, conforme o relatório bimestral dos ministérios da Fazenda, Planejamento e Orçamento.

Este novo valor supera o déficit estimado anteriormente, que era de R$ 5,5 bilhões, e ultrapassa o limite definido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2025.

Devido a essa revisão, a previsão de déficit primário subiu para R$ 34,3 bilhões, ultrapassando o limite permitido. Como consequência, o governo precisou bloquear R$ 3,3 bilhões do orçamento na semana passada para garantir o cumprimento da meta fiscal.

Esse bloqueio ocorre quando a arrecadação fica abaixo do esperado, reservando esse montante dentro do orçamento para assegurar que a meta seja alcançada.