Notícias Recentes
Graves problemas em infraestrutura
Águas Lindas de Goiás, o município mais populoso da Região Metropolitana do Distrito Federal, também é o que mais sofre com a falta de infraestrutura, saneamento básico e serviços públicos, além da baixa renda de seus habitantes. A cidade é uma das que mais dependem do DF em temas como saúde, trabalho e educação.
Dados da Pesquisa Metropolitana por Amostra de Domicílios (PMAD), elaborada pela Codeplan, revelam que Águas Lindas tem 197.290 habitantes, número equivalente a 18,41% da população total das 12 cidades da Periferia Metropolitana de Brasília (PMB), na qual fazem parte cidades como Alexânia, Formosa, Luziânia e Valparaíso.
A população é composta, na maior parte, por imigrantes do Distrito Federal (73.247) e de outros cinco estados. Apenas 7,55% (14.903 pessoas) são naturais do Estado de Goiás. Para o presidente da Codeplan, Julio Miragaya, essa vinculação com a capital do país se dá principalmente pela procura por melhores atendimentos de saúde.
“Temos aquelas pessoas que saem daqui para morar lá, por vários fatores, mas há também aquelas que, por falta dos serviços básicos de saúde, vêm para o DF e acabam gerando os filhos aqui. Isso faz com que aumente o número da população do DF que reside lá, porém essas pessoas sequer residiram em Brasília”, explica.
MORADIAS – A procura por moradia na cidade vizinha se dá basicamente pelo baixo custo na aquisição de casas. De acordo com a pesquisa, o valor de um aluguel em Ceilândia, por exemplo, pode ser equivalente ao parcelamento de um financiamento imobiliário na cidade goiana.
SAÚDE – Mais da metade dos moradores (58%) recorrem ao DF para tratamentos e atendimentos na rede pública hospitalar. “Águas Lindas é quase um bairro, ou cidade dormitório do DF”, destaca Julio Miragaya.
SERVIÇOS BÁSICOS – A renda média mensal da população é baixa, R$ 1.725,85, equivalente a cerca de três salários mínimos, o que acaba refletindo na condição de vida dos moradores. Apenas 4% das residências são ligadas à rede de esgoto. A grande maioria possui fossas instaladas irregularmente, o que prejudica o lençol freático, além de pôr em risco a barragem do Descoberto, que atende a cidade e o DF.
Além disso, o serviço de coleta de lixo é ineficiente, ocorre apenas uma vez por semana. Mais da metade da cidade não tem ruas pavimentadas e o esgoto corre a céu aberto em boa parte das ruas.
O déficit nesses serviços é associado ao crescimento desenfreado da população e das invasões de terra. Para a Codeplan, a escassez de recursos para investimentos piora a situação.
EDUCAÇÃO – A taxa de analfabetismo é considerada baixa, apenas 3,11% (6.136 pessoas) com 15 anos ou mais se declararam analfabetos. Segundo a pesquisa, 2,42% têm curso superior incompleto e 0,89% concluíram a faculdade. Outros 0,12% fizeram especialização e 0,02%, doutorado.
O município tem 63.117 estudantes, o que equivale a 31,99% da população. A maior parte estuda na cidade e apenas 6,7 mil estudam no DF. Do total, 48.945 ou 77,55%, são alunos de escolas públicas e 14.172, de estabelecimentos particulares. Apenas 26.786 pessoas (19.96% da população) declarou já ter concluído os estudos.
Fonte: Alô
Você precisa estar logado para postar um comentário Login