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Greve afeta parcialmente escolas estaduais na cidade de São Paulo

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Em meio à divergência entre governo e sindicato sobre o alcance da greve de professores estaduais de São Paulo iniciada na segunda-feira (23), e se há ou não greve, jornalistas do G1 visitaram na manhã desta quinta 19 escolas da capital. O resultado: 2 estavam sem aula, 12 eram parcialmente afetadas e 5 tinham aulas normais.

O estado de São Paulo tem 5.300 escolas, e a capital, 1.085. O sindicato dos professores diz que 59% da categoria aderiu em todo o estado. Já a Secretaria de Estado da Educação (SES) diz que o movimento só tem apoio de 2,5% dos docentes. Na quarta-feira (25), o governador Geraldo Alckmin declarou que “não está tendo greve”.

Em nota, a Secretaria da Educação disse que reconhece o “direito legítimo de paralisação”, afirma que “não houve dispensa de aluno em nenhuma das unidades citadas” e que os pais “devem continuar a enviar seus filhos às aulas”. (Veja íntegra da nota abaixo).

Veja abaixo o panorama verificado pelo G1 na manhã desta quinta:

GREVE TOTAL
E.E. Antoine Saint Exupéry (Vila Santa Maria, Zona Norte)
E.E. Pio Teles Peixoto (Vila Jaguara, Zona Oeste)

GREVE PARCIAL
E.E. Matilde Macedo Soares (Casa Verde, Zona Norte)
E.E. João Kopke (Campos Elísios, Centro)
E.E. Fidelino Figueiredo (Vila Buarque, Centro)
E.E. Salvador Moya (Jabaquara, Zona Sul)
E.E. Laís Amaral (Jardim Oriental, Zona Sul)
E.E. Professora Teruko Ueda Yamaguti (Jardim Santa Cruz, Zona Sul)
E.E. Fernão Dias Paes (Pinheiros, Zona Oeste)
E.E. Anhanguera (Lapa, Zona Oeste)
E.E. Italo Betarello (Pirituba, Zona Oeste)
E.E. Oswaldo Cruz (Mooca, Zona Leste)
E.E. Professor Loureiro Junior (Tatuapé, Zona Leste)
E.E. Raul Cortez (Água Branca, Zona Oeste)

SEM GREVE
E.E. Alfredo Bresser (Pinheiros, Zona Oeste)
E.E. Brasílio Machado (Vila Madalena, Zona Oeste)
E.E. Carlos Maximiliano Pereira dos Santos (Sumarezinho, Zona Oeste)
E.E. Amadeu Amaral (Belenzinho, Zona Leste)
E.E. Professor Ascendino Reis (Tatuapé, Zona Leste)

Panorama nas escolas
A greve nesta manhã afetava totalmente as atividades na E.E. Antoine Saint Exupéry quanto na E.E. Pio Teles Peixoto. Ambas estavam sem aulas e a paralisação total no período da manhã foi confirmado por pais e moradores do entorno.

Mãe de aluno do primeiro ano do ensino médio na Pio Teles, a auxiliar-administrativa Elisângela Nunes, de 35 anos, disse achar “péssima” a greve, mas disse que o pedido é “justo”.

“A gente procura entender porque o pedido deles é justo por causa do salário que ganham, mas é péssimo para o aluno, que acaba sendo prejudicado”, disse.

Alteração da rotina
Das escolas visitadas pelo G1, em 11 foi verificado pela equipe de reportagem ou em relato de pais e alunos a alteração na rotina de alunos. Eles são liberados mais cedo ou aguardam no pátio durante as aulas que deixam de ser ministradas por grevistas.

Na E.E. João Kopke, nos Campos Elísios, o G1 constatou nesta manhã, alunos do ensino médio foram liberados por causa da greve. No período da tarde, nove dos 16 professores do ensino fundamental estão trabalhando, de acordo com os funcionários.

Sem greve
Em três unidades entre as visitadas (Alfredo Bresser, Brasílio Machado e Carlos Maximiliano), no período em que a equipe de reportagem esteve no local, verificou que havia atividades na unidade e funcionários da coordenação negaram existir greve. Nas escolas Amadeu Amaral e Professor Ascendino Reis não houve relato de pais, alunos ou professores sobre aulas que deixaram de ser ministradas por causa da greve.

Protesto na Praça da República e mobilização
Grupos de professores do interior estão acampados em frente à Secretaria da Educação e devem ficar até a assembleia prevista para sexta, na Avenida Paulista. Professora de Educação Física, Célia Conceição dos Santos disse que em seu colégio a direção tem colocado professores eventuais para cobrir grevistas. “Isso prejudica nosso movimento”, disse.

Em busca de ampliar a adesão, um comando de greve visitou a E.E. Fidelino Figueiredo, no Centro. De acordo com a professora de história Silvana Soares de Assis,49, entre 65 e 70% dos professores pararam no colégio. Até o meio da manhã, quando o G1 deixou o local, os grevistas não tinham conseguido novas adesões.

Secretaria responde
Veja abaixo a íntegra do posicionamento da secretaria:

“A Secretaria da Educação do Estado reconhece o direito legítimo de paralisação, mas continua trabalhando para garantir o direto inalienável de aprender dos mais de 4 milhões de estudantes. A Pasta informa que os pais dos alunos das escolas estaduais devem continuar a enviar seus filhos às aulas.  Cabe salientar que, sempre que constatada a ausência de professores em sala de aula, as Diretorias Regionais de Ensino acionam o banco de educadores eventuais para cobrir possíveis faltas. Nas diretorias mencionadas pela reportagem (Centro Sul, Sul 1, Centro sul, Centro Oeste, Leste 5 e Norte 1) esse cadastro conta com 5.500 profissionais. Não houve dispensa de aluno em nenhuma das unidades citadas. Qualquer conteúdo perdido será reposto.

Aos professores que suprem eventuais faltas é disponibilizado o “Caderno do Professor”, um material didático específico de cada série que tem como objetivo subsidiar o docente a dar continuidade na atuação em sala de aula com base no currículo oficial do Estado de São Paulo.”.

Fonte: G1

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