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Greve de trabalhadores do setor aéreo atrasa 7 voos no Aeroporto JK

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A Inframerica, concessionária que administra o Aeroporto Juscelino Kubischeck, em Brasília, informou que de 14 voos previstos para saírem entre 6h e 7h desta quinta-feira (22), sete tiveram atrasos superiores a 30 minutos. A demora ocorreu por conta da paralisação de aeronautas e aeroviários em todo o país, que reivindicam aumento salarial de 8,5%. Segundo a Inframerica, aproximadamente 50 trabalhadores se reuniram às 6h para protestar em frente ao portão de embarque doméstico.

Entre os trabalhadores paralisados há pilotos, comissários de bordo, atendentes, mecânicos, recepcionistas e despachantes. Segundo o Sindicato Nacional dos Aeroviários, a greve é nacional e motivada por um impasse na negociação entre a categoria e as empresas aéreas. Os aeroviários querem um aumento salarial de 8,5%, mas afirmam que as companhias oferecem 6,5%.

Os trabalhadores pleiteiam também um piso para os profissionais de check-in. Atualmente, o salário médio desses trabalhadores é de R$ 1,1 mil, de acordo com o sindicato.

Nesta terça-feira (20), o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Barros Levenhagens, determinou que pelo menos 80% dos aeronautas mantenham os serviços durante a paralisação, em especial no horário das 6h às 7h. A multa diária em caso de descumprimento é de R$ 100 mil.

Empresas
Em nota, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou que as companhias Azul, Avianca, Gol e TAM estão “mobilizadas para minimizar eventuais impactos para os clientes”. A Abear informou também que espera que a determinação do TST de manter um efetivo mínimo de 80% de ambas as categorias seja cumprida.

De acordo com a associação, “há no Brasil um cenário adverso de custos que perdura desde 2011” e que “tem a convicção de que os benefícios vão muito além do que estas categorias obtiveram nos últimos anos”.

A empresa aérea Gol informou que os clientes afetados pela paralisação poderão remarcar os voos cancelados, sem cobrança de taxa. A empresa não quis comentar o movimento, mas informou que até às 6h30, 23 vôos estavam parados no Brasil por falta de funcionários. A empresa não soube informar quantos voos foram prejudicados na capital federal.

A Tam informou que às 7h15 ainda contabilizava os impactos da greve e afirmou que clientes prejudicados poderão remarcar os bilhetes sem custo adicional. Não conseguimos contato com as empresas aéreas Azul e Avianca.

Reivindicações
O presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, comandante Adriano Castanho, afirmou que a categoria pede aumento salarial, escalas de voos mais justas, melhor qualidade de vida dos aeronautas, controle de madrugadas consecutivas e aumento no número de folgas. O sindicato representa 18 mil pilotos e comissários de bordo do país. “Não pedimos somente aumento de salário, estamos fazendo essa paralisação por causas sociais da categoria”, afirmou.

Segundo ele, as escalas de voos são muito pesadas, e pilotos e comissários chegam a ficar 22 dias fora de casa, tendo somente 8 dias de folga no mês. “Tudo isso leva o grupo a um estado de total desgaste que reflete diretamente na segurança dos voos.”

Castanho afirmou que os aeronautas chegam a voar cinco madrugadas consecutivas. “Existem programas no mundo inteiro recomendados pelas organizações internacionais que não são obedecidos no Brasil”, afirmou o presidente. “Se as empresas se preocupassem com nossas causas sociais, a categoria se sensibilizaria e até poderia aceitar os 6,5% propostos.”

O Sindicato dos Aeronautas informou que tem assembleia marcada para 15h desta quinta para discutir os próximos passos do movimento.

Fonte: G1

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