Economia
Greve dos baristas da Starbucks por melhores direitos trabalhistas
Milhares de atendentes da Starbucks nos Estados Unidos iniciaram, nesta quinta-feira (13), uma greve sem prazo determinado para reivindicar melhores condições de trabalho e a retomada das negociações de um acordo coletivo.
O protesto acontece no mesmo dia em que a empresa lança sua campanha de final de ano chamada “Red Cup”, que oferece um copo vermelho reutilizável para consumidores que adquirirem uma bebida especial da Starbucks para as festas.
Denominada “Rebelião do Copo Vermelho”, a manifestação ocorre em mais de dez cidades e envolve cerca de mil baristas, conforme informado pelo sindicato Starbucks Workers Union.
Os trabalhadores exigem aumento salarial, melhores condições com número adequado de funcionários e horários fixos que possibilitem o acesso a direitos sociais.
De acordo com Dachi Spoltore, barista com cinco anos de experiência em Pittsburgh (Pensilvânia), “É complicado conseguir mais de 19 horas semanais, o que impede o direito de usufruir do plano de saúde, disponível a partir de 20 horas semanais”.
No total, mais de 65 unidades da Starbucks, distribuídas em quarenta cidades, participam desta fase inicial, que pode expandir para mais de 500 lojas conforme o passar dos dias.
A rede possui aproximadamente 10 mil lojas próprias e mais de 7 mil franquias nos Estados Unidos.
Em declaração à AFP, a Starbucks afirmou que “menos de 1%” de suas lojas enfrentavam algum tipo de interrupção na manhã desta quinta-feira.
“Estamos desapontados com o fato de o sindicato Workers United, representando menos de 4% dos nossos funcionários, ter convocado uma greve para forçar o retorno às negociações”, comentou um porta-voz da empresa.
Para Lynne Fox, presidente do sindicato Workers United, que representa mais de 90 mil trabalhadores de diversos setores nos EUA, a Starbucks “não está negociando de forma justa”.
Criado em 2021, o sindicato da Starbucks busca estabelecer um acordo-base contemplando questões essenciais como salários, políticas de horários e acesso a cuidados médicos.


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