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Greve dos caminhoneiros afeta comércio para a Copa do Mundo no DF

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‘Consumidor ‘cauteloso’ deixa produtos supérfluos de lado e se preocupa com gasolina e mercado, diz Sindivarejista.

Torcedor exibe bandeira em frente ao Estádio Mané Garrincha, em Brasília (Foto: Vianey Bentes/TV Globo)

A paralisação dos caminhoneiros, que chega ao 9º dia nesta terça-feira (29), deixou o consumidor do Distrito Federal em alerta. Com a falta de combustíveis, de alimentos perecíveis e de gás de cozinha, o que é supérfluo ficou esquecido. Entre os produtos não prioritários estão aqueles relacionados à Copa do Mundo, que ocorre a partir de 14 de junho na Rússia.

De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista), a queda no faturamento das 30 mil lojas de rua e de shoppings do DF foi de 20% desde o início do movimento, em 21 de maio.

Bolas, chuteiras, uniformes, meiões, bandeiras e até televisores estão parados – ou nas estradas ou nas prateleiras das lojas. Enquanto alguns comerciantes sentem os reflexos da escassez de produtos, outros não têm recebido clientes, lamenta o presidente do sindicato, Edson Castro.

“Ninguém está saindo pra comprar presente. Ninguém está nem pensando em Copa do Mundo. As lojas e shoppings estão vazios.”

Detalhe na camisa da seleção brasileira para a Copa do Mundo (Foto: Nike/Divulgação)

Segundo Castro, os lojistas que encomendaram os produtos com antecedência não foram afetados diretamente pela paralisação dos caminhoneiros, mas indiretamente pelos impactos negativos no consumo.

“O consumidor está cauteloso, não sabe o que vem por aí.”

“Não adianta só o combustível voltar ao normal, está faltando o essencial”, afirma Castro, ao se referir ao poder de compra dos brasileiros. “Só para televisão, nós havíamos estimado um aumento de 15% nas vendas em todo o país. Agora, se houver incremento de 5% é muito”, afirma.

Dia dos Namorados

Rosas vermelhas são as mais vendidas durante o Dia dos Namorados (Foto: Lúcia Ribeiro/G1)

Os efeitos esperados para Dia dos Namorados, comemorado em 12 de junho, são os mesmos: falta de oferta e pouca demanda. Os principais produtos comercializados em razão da data são perfumes, sapatos, roupas e flores.

A expectativa, é que a greve termine para haver tempo suficiente de abastecer as lojas e estimular os consumidores.

Os restaurante e hotéis, que costumam ver crescer o movimento, também devem sofrer queda na procura, segundo previsão do Sindvarejista. A falta de alimentos e de gás de cozinha são os principais fatores.

“Se não tiver nada no restaurante, como sair pra jantar?”, questionou Edson de Castro.

O prejuízo estimado dos bares e restaurantes do Distrito Federal com a paralisação dos caminhoneiros já ultrapassou os R$ 60 milhões, segundo estimativa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

O valor representa “de 20% a 30%” do faturamento previsto para maio de todos os estabelecimentos do ramo na capital. “O DF tem 10 mil bares e restaurantes, e cerca de R$ 300 milhões de faturamento médio mensal”, disse o diretor regional da Abrasel, Rodrigo Freire.

 

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