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Greve dos servidores será ampliada no DF a partir de hoje

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Um dia depois do início da paralisação dos funcionários da saúde, 32 categorias se unem hoje ao movimento, que protesta contra o não pagamento imediato dos reajustes. Ontem, apenas pacientes da emergência conseguiram atendimento

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“Não explicaram como estão atendendo. Aqui, normalmente é cheio, mas hoje (ontem) está insustentável”, Luís Alberto Ferreira, assistente administrativo que buscou atendimento no Hospital de Brazlândia

A reunião entre dirigentes do governo e sindicalistas durou menos de 20 minutos e, como o Executivo local não recuou da decisão de pagar os benefícios aos servidores apenas em maio do ano que vem, 32 categorias organizam greve geral a partir de hoje. Órgãos como Departamento de Trânsito (Detran-DF) e Na Hora deverão suspender o atendimento. Também não haverá aulas. Ontem, quem recorreu à rede pública de saúde enfrentou diversos gargalos. Os profissionais da área foram os primeiros a iniciar a greve. Pacientes que tinham cirurgias e consultas agendadas voltaram para casa sem atendimento. Apenas casos de emergência tiveram prioridade. Alguns hospitais recusaram receber doentes. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) operou com 50% das ambulâncias. Hoje, os servidores voltam a se reunir em assembleia para definir os rumos do movimento.

A movimentação nos hospitais transitou por dois extremos: de um lado, prontos-socorros lotados; do outro, pacientes dispensados ainda no portão. Em Brazlândia, a triagem não funcionou e a espera chegou a oito horas no hospital daquela cidade. “Não explicaram como estão atendendo. Aqui, normalmente é cheio, mas hoje (ontem) está insustentável”, reclamou o assistente administrativo Luís Alberto Ferreira, 29 anos. Ele chegou às 7h e às 16h ainda não tinha previsão de atendimento. “O que acontece nos hospitais é uma calamidade.”

A 65km dali, no Hospital Regional de Planaltina (HRP), pacientes aguardavam nervosos. Doentes não receberam medicação. Não havia técnico em enfermagem para administrar a dosagem dos remédios. “Nenhum paciente novo deu entrada. Os que já estavam lá estão sendo acompanhados na medida do possível. As pessoas eram aconselhadas a voltar para casa ou a procurar postos de saúde”, contou o aposentado Palmerom Carvalho Sousa, 70, que tinha uma consulta marcada.

Para a aposentada Maria Aparecida Alves Oliveira, 81, e a neta Elayne Ferreira, 12, a quarta-feira foi de peregrinação. Acordaram às 4h, saíram do Arapoanga com a intenção de conseguirem atendimento no HRP. Elas permaneceram na unidade por volta de duas horas. Sem o encontro com o médico, recorreram ao Centro de Saúde nº1 daquela cidade. Por volta das 11h, aguardavam o ônibus para voltar para casa.

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