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grupo conservador de charlie kirk segue ativo nas faculdades após sua morte

O assassinato do influenciador político Charlie Kirk não paralisou seu movimento conservador juvenil. Pelo contrário, tem fortalecido sua causa.
“O que ocorreu despertou algo em mim. É como se ele tivesse deixado uma bandeira, e eu a tivesse erguido”, disse à AFP Kieran Owen, estudante do ensino médio, de 16 anos, da Virgínia.
Owen esteve entre os 2.500 participantes do evento organizado pela Turning Point USA na quarta-feira (24) na Virginia Tech University, a cerca de quatro horas de Washington.
“Estamos com Charlie”, gritou a multidão. Alguns vestiam bonés vermelhos com o logo “Make America Great Again (MAGA)”, slogan da campanha do então presidente Donald Trump. Outros usavam bonés brancos com o número 47, referência ao mandato atual na Casa Branca.
Em cada cadeira, um cartaz com a foto de Kirk e a bandeira dos Estados Unidos foi colocado pelos organizadores.
Os responsáveis pelo evento, American Comeback Tour, usavam camisas brancas com a palavra “liberdade”, semelhante à que Charlie Kirk usava quando foi assassinado.
O ativista conservador, de 31 anos, foi baleado no pescoço em 10 de setembro enquanto discursava numa universidade de Utah, evento que fazia parte de sua popular série de debates públicos.
“Ele fazia transmissões ao vivo… Assisti até a uma da manhã”, contou Owen, que se identifica como cristão e pró-vida. “Ele realmente convencía as pessoas”, acrescentou, dizendo que considerava ir ao evento na Virginia Tech antes do assassinato.
“Foi um choque enorme para mim. Não há lugar para esse tipo de violência nos Estados Unidos”, comentou em relação à agressão política sofrida.
Kayleigh Finch acredita que, neste momento, é “mais importante do que nunca participar desses eventos”. “Devemos vir aqui para mostrar que uma maioria assim não pode ser silenciada”, afirmou, vestindo uma camiseta com a palavra “Jesus” e uma cruz.
Para Levi Testerman, de 18 anos, esta foi sua primeira participação em evento político. “Soube primeiro pelo TikTok. Gostava muito da mensagem dele. Admirava como ele visitava universidades para falar com os jovens, futuros eleitores do país. Acho que isso foi uma ação importante”, disse.
“O que aconteceu me impactou profundamente e me motivou a estar aqui para manter o legado que ele criou e tentar mudar a opinião de mais pessoas”, completou.
Mas não foram só os jovens que se mobilizaram após o falecimento de Kirk. Melissa Lucas Gardner, aposentada de 66 anos, contou que não conhecia o influenciador até sua morte.
“Nunca tinha ouvido falar dele até agora. Mas, como dizem, um novo grupo de seguidores surgiu”, comentou a ex-policial e enfermeira.
O governador republicano da Virgínia, Glenn Youngkin, ressaltou a visão de Kirk em frente a uma multidão na quarta-feira. Disse aos presentes que eles são os próximos a levar adiante o espírito de Charlie, antes de conduzir uma oração com o grupo.

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