Grupo Refit sucede esquema criminoso de combustíveis, diz Mpsp

A Operação Carbono Oculto, comandada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), revelou que a Rodopetro, empresa integrante do grupo Refit – antes conhecida como Manguinhos – e liderada por Ricardo Magro, substituiu o grupo Copape/Aster, comandado por Mohamad Mourad, na distribuição de combustíveis desde julho de 2024.

Após a Agência Nacional de Petróleo (ANP) revogar as licenças das empresas Copape e Aster, a Rodopetro assumiu suas operações, consolidando-se como o principal centro da nova dinâmica na distribuição de combustíveis, segundo o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MPSP.

O Gaeco destaca que a Rodopetro expandiu suas aquisições para englobar as atividades de Copape e Aster. Essa troca entre os grupos Copape/Aster e Manguinhos (Refit), com Rodopetro centralizando a distribuição, é interpretada como uma estratégia para ocultar as operações e evitar as restrições aplicadas a Copape e Aster.

Apesar das acusações, a Refit negou qualquer relação com os investigados e afirmou que não ocupou o lugar da Copape. A investigação também apontou que a Rodopetro vendeu combustível para diversas distribuidoras associadas à organização criminosa.

O Ministério Público afirmou que as distribuidoras vinculadas à Rodopetro funcionam como empresas de fachada, com sedes em cidades do interior dos estados de Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo.

Tanto as empresas de Ricardo Magro quanto as de Mohamad Mourad estão na lista dos maiores devedores do estado de São Paulo, com dívidas bilionárias em impostos.

Na nota oficial, a Refit reforçou seu compromisso com a legalidade e ética, negando envolvimento em práticas ilícitas e destacando que sua atuação sempre foi pautada na oferta de combustíveis de qualidade e na manutenção da confiança com clientes e sociedade.