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Grupo reforma quadra com vaquinha, e DF quer usar área para obra

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Terreno é da Secretaria de Educação e deve abrigar escola técnica.
Jogadores de basquete juntaram R$ 1 mil há 15 dias para pintar local.

Moradores do Guará, no Distrito Federal, protestam contra a desativação de uma quadra de basquete que foi reformada recentemente com recursos da população. O local deve servir para a construção de uma escola técnica pelo governo. Os trabalhos para a obra começaram na semana passada.

O terreno pertence à Secretaria de Educação, que tem autorização para erguer um Centro de Educação Profissional. Ao todo, jogadores de basquete da comunidade reuniram R$ 1 mil para comprar tinta e contratar mão de obra, há duas semanas. À época, a vizinhança não sabia que o local seria cercado para a construção da escola.

Morador da região, o advogado Ricardo Mourão não gostou da mudança. “Não somos contra a escola, somos a favor, todavia o espaço é inadequado. Apesar de haver rumores de que o espaço é da Secretaria de Educação, mas os moradores revitalizaram o espaço há pouco tempo”, disse.

Para evitar a desativação da quadra de basquete, os moradores propõem o aproveitamento de uma escola que fica ao lado. O Centro Educacional 3, com paredes pichadas, passa a noite inteira vazio.

“Eu fiquei surpreso e chateado [com a desativação da quadra de basquete] porque nós temos aqui ao lado uma escola subutilizada”, afirmou o técnico em informática Humberto Vilarinho. Segundo o coordenador do projeto, não é possível construir o centro técnico no lugar da escola porque são estruturas diferentes.

Um dos jogadores de basquete responsáveis pela reforma, o publicitário Ícaro Chaves relata que a quadra estava em más condições. “Como a gente joga aqui tem uns dez anos, a gente resolveu dar uma geral na quadra. Tinha grama, estava toda pichada, as tabelas estavam ruins. Aí a gente fez uma vaquinha, trocou tudo e pintou a quadra.”

Há mais de 200 assinaturas de moradores em um abaixo-assinado defendendo a permanência da quadra. Caso ela seja desativada, a futura escola técnica vai ocupar um terreno de 70 mil m².

A obra deve custar R$ 11 milhões e está prevista para ser entregue no segundo semestre de 2016. Mais quatro centros vão ser construídos em todo o DF. Os donos da empresa que venceu a licitação apareceram para negociar o projeto, mas não foram bem recebidos pelos moradores.

O conselheiro tutelar Jefferson Maximino defende o projeto. Ele afirmou que a área verde é pouco usada pelos moradores.

“Os jovens necessitam também ingressar no mercado de trabalho e a escola técnica é essencial. Esse local foi debatido com a comunidade, foi debatido em audiência pública”, disse. “Todos sabem que este local há muito tempo foi área de tráfico, que vinham rinhas de briga.”

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