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Guaidó diz ter apoio de militares e ameaça depor Maduro

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Presidente autoproclamado aparece em vídeo ao lado de Leopoldo López, um dos principais oposicionistas ao regime, que estava em prisão domiciliar

Juan Guaidó: presidente autoproclamado afirmou ter apoio dos militares em série de tuites feitos nesta manhã (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

São Paulo – Na manhã desta terça-feira (30), Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional e presidente interino autoproclamado da Venezuela, fez uma série de tuites afirmando que alguns militares passaram a apoiá-lo para depor Nicolás Maduro da presidência do país. “Hoje, os soldados valentes, os patriotas, os valentes homens apegados à nossa constituição atenderam ao nosso chamado […] O primeiro de maio começa hoje. Hoje acaba a usurpação”, diz Guaidó em um vídeo gravado ao lado de militares venezuelanos.

No vídeo também está Leopoldo López, preso político que estava em prisão domiciliar. Ele foi libertado por conta de um “indulto presidencial” de Guaidó, segundo confirmou o pai de López em declarações telefônicas de Boston (EUA) à AFP.

 

Em outras publicações, Guaidó chama o povo para ir às ruas para “recuperar a liberdade” do país. “Povo da Venezuela, começou o o início do fim da usurpação. Neste momento estou com as principais unidades militares das nossas Forças Armadas para dar início a fase final da Operação Liberdade”, foi o primeiro tuite feito pelo venezuelano. “As Forças Armadas nacionais tomaram a decisão correta e têm o apoio do povo venezuelano, respeitando nossa constituição, com a garantia de que estarão do lado certo da história”, completou .

 

 

Depois de seu discurso, ele apareceu cercado por um grupo de soldados em uma via principal de Caracas e convocou soldados e civis para acompanhá-lo, segundo testemunhas da Reuters.

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, disse rejeitar o movimento de tentativa de golpe que ele disse buscar preencher o país com violência. De acordo com a Reuters, o governo de Maduro está confrontando um pequeno grupo de “traidores militares” que estão buscando promover um golpe, disse o ministro da Informação, Jorge Rodríguez, nesta terça-feira, também no Twitter.

 

Em algumas ruas ao leste da capital venezuelana, pessoas se deslocavam muito cedo para seus empregos, e o metrô funcionava. A via que circunda a base aérea de La Carlota foi bloqueada por caminhões e ônibus.

 

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