Guerrilha prende 34 militares na Amazônia da Colômbia

As autoridades colombianas informaram, nesta terça-feira (26), sobre a captura de 34 soldados em uma área da Amazônia, localizada no sudeste do país, dominada por plantações ilegais de drogas, onde atua a maior facção dissidente da antiga guerrilha das Farc.

De acordo com o comandante das Forças Militares, almirante Francisco Cubides, após intensos combates, as tropas estavam prestes a deixar a área quando foram detidas pela população local.

O governo não detalhou a data exata da detenção, mas informou que entre domingo e segunda-feira ocorreram confrontos com o grupo liderado por Iván Mordisco, resultando em 10 mortos e dois prisioneiros.

Ministro da Defesa, Pedro Sánchez, declarou que a ação é ilegal e criminosa, realizada por pessoas vestidas de civis que afirmam estar com os militares detidos.

Na Colômbia, é comum que militares e policiais sejam capturados, frequentemente por camponeses forçados ou influenciados por grupos armados que controlam a região.

Segundo Sánchez, a comunidade está interrompendo uma operação militar contra a principal ameaça da região, o criminoso conhecido como Mordisco, atualmente o mais procurado no país.

Recentemente, essa guerrilha realizou um ataque com caminhão-bomba em Cali, matando seis pessoas e ferindo mais de 60, marcando um dos dias mais violentos de 2025.

No mesmo dia, rebeldes liderados por Calarcá atacaram um helicóptero policial e combateram em uma missão de erradicação de plantações de drogas em Antioquia, resultando na morte de 13 policiais.

Essas dissidências, que se enfrentam entre si, rejeitaram o acordo de paz de 2016 que desarmou grande parte das Farc, embora o grupo de Calarcá mantenha negociações com o governo do presidente Gustavo Petro, sem avanços concretos.

Com o desarmamento das Farc, um vazio de poder foi criado nas regiões, aproveitado por grupos dissidentes, paramilitares e cartéis que disputam controle sobre o tráfico de drogas, extorsão e mineração ilegal.