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Hacker Delgatti, preso em Tremembé, solicita regime semiaberto

A defesa de Walter Delgatti Neto, conhecido como ‘hacker de Araraquara’, protocolou um pedido para que ele cumpra sua pena em regime semiaberto nesta segunda-feira (7). Atualmente, ele está detido no presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, devido à invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ação realizada sob orientação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).
Em maio, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Delgatti a 8 anos e três meses de prisão pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. Conforme a Procuradoria-Geral da República, ele violou as medidas de segurança do CNJ e, entre agosto de 2022 e janeiro de 2023, alterou documentos como mandados de prisão e alvarás de soltura com o intuito de favorecer politicamente Zambelli.
Delgatti também incluiu um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes no sistema do CNJ. O advogado Ariovaldo Moreira, responsável pela defesa, assegura que seu cliente atende a todos os critérios para cumprir o regime semiaberto, no qual o condenado pode trabalhar ou estudar durante o dia e deve retornar para o presídio à noite.
De acordo com o advogado, Delgatti apresenta bom comportamento e já cumpriu o tempo necessário em regime fechado para progredir ao semiaberto. O pedido está sob análise no Departamento Estadual de Execução Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo.
A deputada Carla Zambelli foi sentenciada a 10 anos de prisão em regime fechado na mesma ação penal, além de ser obrigada a pagar uma indenização de R$ 2 milhões por danos materiais e morais coletivos junto com Delgatti.
Entretanto, Zambelli está foragida há um mês, tendo deixado o país para evitar cumprir a pena imposta pelo STF. Ela é procurada pela Interpol e Polícia Federal na Itália. A condenação também a torna inelegível por oito anos.
Antes da solicitação do STF para cassar seu mandato, Zambelli pediu uma licença de 127 dias, que foi aprovada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Durante sua ausência, o deputado Coronel Tadeu (PL-SP) assumiu sua vaga.
Apesar da determinação do STF para a perda do mandato de Zambelli, o presidente da Câmara, Hugo Motta, não cumpriu a decisão e iniciou um processo de cassação que tramita na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.

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