Haddad anuncia ação contra grandes fraudes desde 2023

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira, 19, em São Paulo, que a Operação Cadeia de Carbono, iniciada pela Receita Federal no mesmo dia em várias regiões do país, é fruto da criação de um grupo especializado em combater fraudes complexas, estabelecido pelo governo federal a partir de 2023.

“Desde 2023, montamos dentro da Receita Federal uma equipe dedicada a combater fraudes elaboradas, que são esquemas criminosos desenvolvidos ao longo do tempo, utilizando brechas legais, decisões judiciais provisórias e procedimentos aduaneiros antecipados. Essas práticas complicam o trabalho da Receita Federal e prejudicam os consumidores brasileiros, que acabam pagando mais caro por produtos de qualidade inferior”, explicou Haddad durante coletiva sobre a operação.

As ações focam em empresas que formalmente atuam como importadoras de mercadorias avaliadas em centenas de milhões de reais. Segundo o ministro, essas operações ilegais prejudicam os consumidores e distorcem a competição, pois os contribuintes que cumprem suas obrigações fiscais não conseguem competir com os infratores.

A operação envolveu 80 servidores da Receita Federal, com apoio de 20 veículos, além de recursos aéreos estratégicos: um avião operacional usado para transporte e logística, um helicóptero de vigilância avançada para apoio tático em tempo real, e a colaboração de outras entidades públicas. Essa estrutura reforçou o suporte às ações fiscais e presença em locais-chave ligados à logística e distribuição de combustíveis.

Diligências foram feitas em instalações de importadoras em cinco estados: Alagoas, Paraíba, Amapá, Rio de Janeiro e São Paulo.

As medidas ocorreram simultaneamente em 11 pontos diferentes, onde foram avaliadas a organização e funcionamento das empresas, coletados documentos, realizados depoimentos dos responsáveis e verificados os critérios para obtenção de benefícios fiscais federais e estaduais.