Haddad diz que eleição favorece Lula com economia estável e polarização intensa

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, afirmou nesta quarta-feira, 27, que o desempenho positivo da economia brasileira é essencial para a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas eleitorais. Segundo ele, se a economia estivesse em crise, as chances do presidente seriam muito menores.

Haddad destacou que o cenário político atual é marcado por uma intensa polarização e conflitos, e que o governo precisa manter bons indicadores econômicos para sustentar sua base. Ele ressaltou que a situação econômica atual é melhor do que em 2018 e acredita que as próximas eleições poderão ocorrer em um ambiente relativamente civilizado.

Sobre o governador de São Paulo e possível candidato à presidência, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ministro disse não esperar que ele recorra a baixarias durante a campanha.

Haddad comentou também sobre a posição de Tarcísio contrário à taxação dos super-ricos, lembrando que ele mesmo apoiou a reforma tributária, contrariando o ex-presidente Bolsonaro.

Em uma entrevista ao UOL, o ministro falou sobre as eleições do próximo ano, afirmando que ainda não há discussões formais sobre candidaturas dentro do governo, mas que pretende contribuir para o país, mesmo que não seja concorrendo nas urnas.

Haddad disse acreditar que a elite brasileira não apoiará o presidente Lula, e que essa elite poderá buscar viabilizar outro candidato, por possuir dificuldades com a agenda progressista.

Por outro lado, ressaltou que uma parte importante do PSDB continua dando apoio ao presidente, o que ele considera um dado significativo. O ministro espera uma disputa eleitoral acirrada, semelhante à de 2022, e afirmou que o campo progressista está preparado para enfrentar os desafios do debate político.