Economia
Haddad diz que família Bolsonaro causou problema com EUA

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, criticou fortemente a atuação da família Bolsonaro, afirmando que foi essa atuação que provocou a tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros.
Trump qualificou a situação enfrentada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro como uma “vergonha internacional” e uma “caça às bruxas” no comunicado em que informou o aumento tarifário.
Haddad afirmou que a única razão lógica para essa ação foi a articulação da família Bolsonaro contra o Brasil, com o intuito de evitar o processo judicial em andamento. Segundo ele, essa é uma questão política envolvendo diretamente a família Bolsonaro, e não uma acusação sem fundamento.
O ministro também mencionou declarações do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que sugeriu que a situação pode piorar se o ex-presidente não receber perdão, alegando que Eduardo estaria conspirando contra o país nos Estados Unidos.
Golpe contra a soberania
Fernando Haddad classificou o anúncio de Trump como um golpe contra a soberania do Brasil, organizado por forças extremistas internas. Ele avaliou que a extrema direita terá que admitir que a medida acaba prejudicando principalmente as exportações de empresas do Estado de São Paulo, governado por Tarcísio de Freitas, aliado de Bolsonaro.
Comentando as críticas de Tarcísio ao governo brasileiro, Haddad afirmou que o governador cometeu um erro e ressaltou que no Brasil não há espaço para subserviência aos interesses estrangeiros.
Reconstruindo relações
Segundo o ministro, apesar dos desafios recentes, é fundamental encontrar uma maneira de restaurar a boa relação com os Estados Unidos, lembrando que divergências de governo são normais na democracia e devem ser resolvidas pela diplomacia.
Haddad destacou a necessidade de união entre o setor produtivo e o agronegócio, que já buscam soluções junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para reverter os efeitos das tarifas criadas por interesses pessoais de uma família. Ele expressou esperança de que essa situação negativa será corrigida em breve.
O ministro reforçou que o governo continua respeitando os Estados Unidos e suas eleições, mantendo cooperação econômica em várias áreas, mas alertou para os problemas causados por forças internas que agem contra o interesse nacional em favor de interesses individuais, referindo-se outra vez à família Bolsonaro.

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