Haddad espera avanços em operações da Receita contra crime organizado

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, afirmou nesta quinta-feira (25) que espera novas fases em operações conduzidas pela Receita Federal para combater o crime organizado e a lavagem de dinheiro. Sua declaração foi feita à imprensa na entrada do ministério.

Segundo Haddad, “não é possível prever essas operações, mas eu espero que novas etapas aconteçam”.

Ele se referiu à ação atual do Ministério Público do Estado de São Paulo e da Polícia Militar que visa desarticular uma rede de exploração de jogos ilegais e venda ilegal de combustíveis, usando uma empresa de pagamentos para lavagem de recursos, com envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC).

A Operação Spare conta também com o apoio da Receita Federal, da Secretaria da Fazenda e da Procuradoria-Geral do Estado. Estão sendo cumpridos 25 mandados de busca e apreensão.

Questionado se essas ações poderiam ser realizadas em parceria com as Forças Armadas, o ministro respondeu que acredita ser responsabilidade das autoridades civis.

“Exceto melhor avaliação, creio que cabe ao poder civil organizar o combate ao crime organizado”, explicou.

Fernando Haddad ressaltou que, para fortalecer a legislação no enfrentamento ao crime organizado, é necessária a aprovação do projeto do devedor contumaz na Câmara dos Deputados.

“Precisamos que a Câmara aprove a lei do Devedor Contumaz, que ainda não foi votada. No Brasil, as punições para fraudes reiteradas são insuficientes”, acrescentou.

Ele destacou que as fintechs já foram incluídas nas mesmas normas jurídicas que regulam os bancos tradicionais e mencionou que uma desinformação relacionada ao Pix prejudicou a aplicação dessa medida no início do ano.