Haddad sugere união internacional para combater facções criminosas

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que investigam 40 fundos no Brasil e 15 no exterior, totalizando 55. Ele falou à imprensa após encontrar-se com o encarregado de negócios da Embaixada dos EUA, Gabriel Escobar, entregando documentos sobre a Operação Poço do Lobato da Receita Federal, que desmantelou um esquema financeiro ligado ao crime organizado e investimentos em Delaware, EUA.

“Mesmo com acordos internacionais vigentes, a cooperação não é tão forte quanto deveria. Se eles se preocupam com as facções, nós também. Criamos uma lei antifacção com punições mais rigorosas, mas isso não basta, a solução é a união dos países”, afirmou o ministro.

Ele está satisfeito com a colaboração interna no Brasil e ressalta a necessidade de ampliar essa parceria para o nível internacional, pois esses crimes ultrapassam fronteiras. Saí otimista do diálogo, sentindo o entusiasmo e o otimismo do governo norte-americano diante do que propõem.

Haddad disse que os EUA enviarão uma proposta para transformar essa relação formal em uma parceria eficaz que gere resultados concretos. “É preciso ir além de cordialidades e alcançar feitos reais através dessa cooperação”.

Tarifas comerciais

O ministro também abordou questões relacionadas à Lei Magnitsky e tarifas que os EUA impuseram a produtos brasileiros, indicando que esses impasses serão solucionados com o compartilhamento de informações.

Ele destacou o impacto negativo das tarifas aos consumidores e empresas americanas importadoras do Brasil, observando a redução gradual dessas tarifas de 50% para 22%. Haddad acredita que os desentendimentos serão superados, pois nenhum lado foi beneficiado e sim prejudicado.

Por fim, concluiu: “Não creio que esse seja o caminho. Devemos superar essa etapa e focar no que realmente importa para melhorar o bem-estar de nossas sociedades”.