Haiti enfrenta grave crise, diz presidente na ONU

O Haiti, devastado pela violência das gangues, foi descrito como um país em crise pelo seu presidente, Laurent Saint-Cyr, durante a Assembleia Geral da ONU nesta quinta-feira (25). Ele fez um apelo para que a comunidade internacional aumente seu apoio ao país.

“Incontáveis vidas inocentes são ceifadas diariamente devido a balas, incêndios e clima de medo. Comunidades inteiras são destruídas, forçando mais de um milhão de pessoas a se deslocarem internamente, com perdas significativas de memórias, investimentos e infraestrutura”, relatou o presidente do Conselho Presidencial de Transição do Haiti.

Com o objetivo de conter a violência das gangues que controlam quase toda a capital, Porto Príncipe, em 2023 o Conselho de Segurança da ONU aprovou a criação da Missão Multinacional de Segurança (MMAS), liderada pelo Quênia, para dar suporte à polícia local, que estava sobrecarregada.

Apesar dos esforços, a MMAS mobilizou apenas mil dos 2.500 membros previstos devido à escassez de equipamentos e recursos. Os Estados Unidos estão promovendo sua transformação em uma força mais focada no combate às gangues, com a proposta de aumentar o efetivo para mais de 5.500 policiais e militares, iniciativa que conta com o respaldo de Saint-Cyr.

A situação no Haiti, o país mais pobre do continente americano, piorou consideravelmente desde o início de 2024, quando as gangues forçaram a saída do então primeiro-ministro, Ariel Henry.