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Hamas retoma controle em Gaza durante cessar-fogo com Israel

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Na terça-feira (14), o Hamas intensificou seus esforços para restabelecer sua autoridade em áreas de Gaza que foram deixadas pelo exército israelense. A movimentação visa aguardar negociações futuras baseadas em um plano dos Estados Unidos, que propõe a exclusão do grupo islamista palestino da administração local.

Na segunda-feira, uma multidão de prisioneiros libertados das cadeias israelenses chegou a Gaza em ônibus, sob a supervisão dos combatentes das Brigadas Ezzedine Al-Qassam, o braço armado do Hamas.

No setor norte, após as tropas israelenses deixarem a Cidade de Gaza, as forças policiais governadas pelo Hamas retomaram as patrulhas nas ruas, com agentes mascarados para manter a ordem.

Simultaneamente, uma nova unidade de segurança do Hamas iniciou ações contra famílias e grupos armados, acusados de manter relações com Israel. Segundo testemunhas, confrontos intensos ocorreram enquanto as forças do Hamas buscavam eliminar colaboradores.

Houve relatos de explosões e detenções em Shujaiya, região leste da Cidade de Gaza, próximo à Linha Amarela, área ainda controlada pelo exército israelense.

Uma fonte das forças de segurança palestinas mencionou que a recém-criada unidade chamada "Força de Dissuasão" estava engajada em operações para garantir a estabilidade na região.

O Hamas denunciou que Israel violou o cessar-fogo ao abrir fogo durante os confrontos, enquanto o exército israelense afirmou que respondeu apenas à aproximação de indivíduos não identificados na Linha Amarela.

Desde 2007, o Hamas domina Gaza após derrotar o Fatah em batalhas internas, mas Israel insiste que o grupo não deve participar de futuros governos e deve ser desarmado.

O plano americano, apresentado pelo presidente Donald Trump, propõe anistia para membros do Hamas que depuserem suas armas, além de uma Gaza desmilitarizada sem lideranças do grupo.

Para muitos residentes que tentam reconstruir suas vidas em meio aos destroços, a presença do Hamas tem trazido sensação de segurança. Moradores relataram melhora gradual na organização do trânsito e na proteção contra crimes locais.

Enquanto isso, famílias em Israel pressionam pela devolução dos restos mortais de 24 falecidos que permanecem em Gaza, conforme o acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos.

Até o momento, 20 reféns vivos foram libertados, e os corpos de quatro vítimas foram repatriados e identificados, incluindo Guy Iluz, cidadão israelense, e Bipin Joshi, estudante nepalês.

Além disso, os restos mortais de 45 palestinos entregues por Israel chegaram ao hospital Nasser em Khan Yunis, ao sul da Faixa de Gaza.

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