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Homem investigado por soltar balões morre em explosão no Tatuapé
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou que o corpo encontrado carbonizado na residência que explodiu no Tatuapé, zona leste da capital paulista, era do frentista Adir Mariano, de 46 anos.
De acordo com o delegado Filipe Soares, da 5.ª Central Especializada em Repressão ao Crime Organizado (Cerco), responsável pela investigação, Adir era conhecido por soltar balões e respondia a dois processos relacionados ao crime. Ele residia no local há aproximadamente 40 dias. O corpo foi liberado à família.
“Ele possuía registros policiais de 2011 e 2012 por soltar balões. Naquela época, foi detido pela Polícia Civil e estava respondendo aos processos. Em um deles, acabou absolvido”, explicou o delegado.
A residência era utilizada irregularmente para armazenar fogos de artifício. A explosão, ocorrida por volta das 19h50 de quinta-feira, 13, atingiu imóveis vizinhos, danificou estruturas metálicas e veículos estacionados na área.
A polícia trabalha para identificar outras pessoas envolvidas, incluindo fornecedores do material encontrado. No Brasil, soltar balões é considerado crime ambiental, com pena de um a três anos de prisão ou multa.
Detalhes do incidente no Tatuapé
Os policiais militares foram acionados na noite de quinta-feira para atender uma ocorrência de incêndio seguida de várias explosões próximas à Avenida Salim Farah Maluf, altura da Avenida Celso Garcia, no Tatuapé. A região foi isolada para segurança.
Agentes da 5.ª Delegacia Seccional Leste ouviram uma grande explosão e rapidamente prestaram socorro. “Ao chegar, depararam-se com um cenário de destruição, telhados destruídos, veículos danificados e pessoas feridas pedindo ajuda”, relatou o delegado.
Durante o combate ao fogo, os bombeiros chamaram o Esquadrão de Bombas do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) da Polícia Militar, que localizou um corpo carbonizado entre os destroços.
A principal suspeita é que Adir estivesse manuseando explosivos sem autorização da prefeitura ou de órgãos competentes, armazenando os materiais ilegalmente em área residencial, conforme afirmou o delegado.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostraram grandes chamas e uma coluna de fumaça próxima a prédios. Um vídeo capturado por câmeras de segurança registrou o instante da explosão, com fogos de artifício lançados simultaneamente.
Segundo os bombeiros, a explosão deixou 10 feridos: uma mulher sofreu traumatismo cranioencefálico e um homem teve escoriações, ambos levados ao Hospital Nipo-Brasileiro; outro homem com sangramento no ouvido foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no PS Tatuapé; um homem com ferimentos na mão recebeu atendimento por convênio; além de seis pessoas com ferimentos leves, avaliadas e liberadas no local.
Investigação em andamento
A Polícia Civil de São Paulo instaurou inquérito para esclarecer as causas da explosão. O caso está sendo investigado como explosão, crime ambiental e lesão corporal.
A Secretaria de Segurança Pública ressaltou que o armazenamento ilegal de explosivos representa um grave risco à vida e integridade da comunidade. Todas as medidas necessárias estão sendo tomadas para apurar os fatos e responsabilizar os envolvidos.

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