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Homem mata colega por disputa de lote e vende terras da própria mãe

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Walfredo Romano Alves Junior, de 52 anos, foi condenado a três anos de prisão em regime fechado pelo crime de estelionato após vender dois lotes no Arapoanga (DF) utilizando assinaturas falsificadas da própria mãe, entre 2011 e 2012. Ele já estava preso preventivamente por homicídio quando a sentença foi proferida em outubro de 2024.

Walfredo vendeu os lotes por R$ 33 mil e R$ 44 mil sem o conhecimento ou autorização da mãe. Alegou ser corretor de imóveis e que os lotes teriam sido doados pela mãe, algo negado em juízo.

Os compradores desconheciam a fraude. Um deles teve prejuízo de R$ 10 mil e outro, R$ 20 mil. O Ministério Público do Distrito Federal denunciou Walfredo por estelionato. Ele se dizia proprietário legítimo das terras, apesar de não possuir documentação que comprovasse a posse. O juiz confirmou que não havia autorização para a venda.

Os compradores não foram ressarcidos, pois não apresentaram comprovantes dos pagamentos. A decisão transitou em julgado e é definitiva.

Além disso, Walfredo foi condenado a 17 anos por homicídio cometido em 2024, devendo cumprir as duas penas consecutivamente.

Detalhes do homicídio

Em fevereiro de 2024, no Arapoanga, Walfredo Romano Alves Junior matou com um tiro de espingarda calibre 12 o colega Hernando Antônio da Silva, 36 anos. A polícia chegou ao local da residência de Walfredo, na QR 6 de Arapoanga, mas ele havia fugido de carro. A arma não foi localizada.

Testemunhas relataram que Hernando, que morava na região havia pouco tempo, participava de um churrasco na casa de Walfredo acompanhado da namorada. Durante o evento, os dois discutiram sobre lotes na região. Walfredo afirmou no interrogatório que disparou acidentalmente, alegando que Hernando parecia estar armado e era conhecido por ser perigoso.

Ele também declarou que Hernando era um grileiro de terras e negou outra versões sobre a discussão, afirmando que o conflito teria começado após Hernando ameaçar matá-lo e cortar o pescoço das filhas de Walfredo.

Antecedentes criminais e outras informações

Um ano antes do homicídio, em março de 2023, Walfredo foi preso por porte ilegal de arma no Arapoanga. Ele estava armado com uma espingarda calibre 12 e uma pistola calibre 9 mm, sem certificação. Alegou ser colecionador, atirador desportivo e caçador, mas não comprovou documentação. Foi condenado a dois anos de prisão em regime aberto por esse crime.

O juiz destacou que o simples transporte ilegal da arma configura crime e ordenou a apreensão dos armamentos.

Walfredo permanece preso e os prejuízos causados pela venda fraudulenta dos lotes não foram ressarcidos.

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