Homem preso por ameaças a Felca vendia dados pelo WhatsApp

Cayo Lucas Rodrigues dos Santos, de 22 anos, foi detido acusado de ameaçar o youtuber Felca e de possuir material infantil impróprio. Além disso, ele é suspeito de comercializar informações pessoais de brasileiros pela internet. A prisão ocorreu nesta segunda-feira (25/8) em São Paulo, durante uma operação da Polícia Civil.

Durante a ação, foi apreendido o computador usado por Cayo para enviar ameaças e negociar a venda dos dados. Imagens obtidas mostram conversas dele no WhatsApp com clientes interessados em adquirir documentos de terceiros.

A decisão judicial para a prisão de Cayo foi tomada em 17 de agosto pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, motivada pelo risco real à integridade física de Felca, que vem recebendo ameaças desde que publicou um vídeo denunciando casos de pedofilia e sexualização precoce de crianças na internet.

O juiz Pedro Henrique Valdevite Agostinho autorizou a quebra do sigilo para proteger Felca. A operação policial conseguiu localizar e prender o suspeito.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, destacou a eficácia da investigação e confirmou que além das ameaças, Cayo estava envolvido na comercialização de material infantil.

Contexto da denúncia de Felca

Felca viralizou ao abordar o tema da sexualização precoce, ou “adultização”, de crianças nas redes sociais, criticando a exposição desmedida de jovens e adolescentes. Ele também destacou casos de pedofilia, citando inclusive o influenciador Hytalo Santos, alvo de investigação por exploração sexual infantil.

Segundo o psiquiatra Fábio Aurélio Leite, a adultização ocorre quando a criança desempenha papéis ou realiza atividades próprias de adultos, sem consciência das consequências, muitas vezes acompanhada de sexualização.

Investigação e prisão

Cayo Lucas foi preso em sua residência na cidade de Olinda, Pernambuco, em ação integrada das polícias de São Paulo e Pernambuco. Em uma das casas vistoriadas, ele foi encontrado e detido, junto a uma outra pessoa presa em flagrante.

Além do computador utilizado nas ameaças, Cayo já era investigado por outros crimes no estado pernambucano, segundo nota da Polícia Civil local.