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Homem preso por plantar maconha para cuidar da avó

A Polícia Civil de Santos, localizada no litoral de São Paulo, efetuou a prisão em flagrante de um homem nesta segunda-feira (21/7) por cultivar maconha em seu apartamento. No local, também foram encontrados diversos equipamentos utilizados para o cultivo da planta.
A operação policial cumpriu mandados de busca e apreensão em dois apartamentos do mesmo edifício situado na avenida Rei Pelé, bairro Ponta da Praia.
Durante a ação, foram recolhidos itens como maconha embalada, cogumelos presumivelmente psilocibina, selos semelhantes ao LSD, estufas com plantas de cannabis em variados estágios, além de materiais para cultivo e fracionamento, incluindo plásticos, vidros rotulados e um vaporizador portátil modular. Também foi apreendido um caderno com anotações que possivelmente indicam controle de produção e negociações comerciais.
A equipe do 3º Distrito Policial descobriu que a mãe e a avó do suspeito residem em um dos apartamentos revistados. A mãe relatou aos agentes que a avó do homem sofre de Alzheimer e está acamada; ele extrai o canabidiol da planta cultivada para administrar doses à idosa, sem prescrição médica ou acompanhamento profissional, o que caracteriza atividade irregular com risco à saúde da paciente, conforme relatório policial obtido pelo Metrópoles.
Em sua defesa, o homem alegou possuir autorização judicial para o cultivo de cannabis com fins medicinais, porém não apresentou toda a documentação exigida nem autorização sanitária para manipulação dos extratos, tampouco prescrição para uso por terceiros, ultrapassando assim os limites legais do tratamento.
Conforme declarou a delegada Ligia Villela, titular do 3º DP de Santos, o cultivo de cannabis para fins terapêuticos requer autorização judicial específica, acompanhamento médico e cumprimento das normas da Anvisa; o descumprimento desses critérios configura crime.
Além disso, uma mulher, possivelmente companheira do suspeito, foi encontrada em um dos apartamentos, onde foram achados três cigarros parcialmente consumidos e um vaporizador, evidenciando o uso recreativo da substância ao lado da finalidade declarada.
A variedade e quantidade das drogas, a forma de armazenamento, a presença de equipamentos para preparo e divisão, as anotações compatíveis com controle e comércio, a manipulação ilegal para terceiros e indícios do uso pessoal apontam para atividades ilícitas além do cultivo autorizado, sujeitando o homem às penalidades previstas nos artigos 33 e 34 da Lei de Drogas.
A mulher não foi presa em flagrante, mas será investigada no inquérito policial.

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