Homem preso por sequestrar e torturar namorada por 12 dias

Geisson Gil Leiras, de 40 anos, foi detido nesta quarta-feira (27/8), sob suspeita de manter a namorada em cativeiro, submetendo-a a torturas e sequestro por doze dias em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Conforme o relatório policial, as agressões começaram em 15 de agosto após o suspeito sofrer uma crise de ciúmes.

A vítima, residente em Ibirá, também no interior paulista, estava em São José do Rio Preto devido ao namorado ter alugado uma residência na cidade. No primeiro dia, o relacionamento transcorreu sem incidentes, porém, uma onda de ciúmes no dia seguinte desencadeou uma série de agressões.

Para impedir que a mulher fugisse, ela foi agredida nas pernas e nos pés, teve o cabelo cortado e sofreu uma fratura exposta no cotovelo. O suspeito também tentou forçar relações sexuais antes de deixar a vítima na residência em 18 de agosto, sem acesso a telefone para pedir ajuda.

Nove dias depois do abandono, em 27 de agosto, o agressor retornou ao local e, temendo as repercussões, ligou para o pai da vítima relatando o estado de saúde da namorada, alegando que ela o traía e havia sido agredida pela companheira do amante.

O pai resgatou a filha e a levou à Santa Casa de Ibirá, onde foi registrado boletim de ocorrência na delegacia local. A vítima revelou que mantinha uma união estável de seis meses com Geisson Gil Leiras e já havia sofrido agressões anteriores, mas voltou a se relacionar acreditando em mudanças no comportamento do homem.

Diante dos novos abusos, solicitou medidas protetivas emergenciais, e o delegado responsável requereu a prisão preventiva do suspeito. Geisson Gil Leiras foi capturado durante ação do 9º Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar.

A Polícia Civil realizou busca na residência do investigado, encontrando objetos com possíveis manchas de sangue, um cabo de metal danificado que pode ter sido utilizado nas agressões, além de um celular.

Devido à gravidade dos ferimentos, a vítima foi transferida para o Hospital de Base de São José do Rio Preto e submetida a cirurgia. Ela permanece internada em estado estável, apresentando múltiplas fraturas e hematomas.

As investigações prosseguem para esclarecer todos os aspectos do crime, incluindo a participação de outras pessoas e o histórico violento do suspeito, que permanece sob custódia.