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Homem que matou porteiro tem esquizofrenia e será internado, diz especialista

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O indivíduo que assassinou a facadas o porteiro Gabriel Araújo, de 48 anos, na Rua Caraíbas, em Perdizes, zona oeste de São Paulo, no dia 2 de dezembro do ano passado, foi diagnosticado com esquizofrenia.

Emilio Carlos Swoboda Vigatto, de 43 anos, que está preso desde que cometeu o crime, deverá ser internado em um hospital psiquiátrico judicial. A internação inicial terá duração de um ano, podendo ser estendida.

O laudo confirmando o diagnóstico foi emitido em 19 de novembro e disponibilizado para o Metrópoles pela página Perdizes Digital.

Esquizofrenia

Com histórico de depressão e uso excessivo de drogas desde os 19 anos, Emilio já foi internado ao menos 12 vezes em clínicas psiquiátricas devido ao consumo de substâncias como maconha, cocaína, crack, ecstasy e lança-perfume.

Meses após o crime, ele alegou que matou o porteiro a facadas por se sentir perseguido por funcionários do prédio onde residia, afirmando que ninguém percebia a suposta movimentação criminosa desses colaboradores.

De acordo com o laudo médico, Emilio ainda relata ouvir vozes femininas, interpretando-as como uma forma de telepatia ou sussurro.

O médico psiquiatra responsável pelo laudo concluiu que ele apresenta esquizofrenia e não um transtorno psicótico induzido por drogas, já que se passaram mais de seis meses desde que interrompeu o uso e os sintomas psicóticos persistem.

O exame revelou que o homem mantém estado de vigilância, apresenta desorientação, delírios persecutórios, autorreferência, alucinações auditivas e ausência de capacidade crítica para reconhecer sua condição de doença.

Compreensão do crime

O psiquiatra destacou que Emilio não compreende totalmente a natureza ilícita do ato cometido, apesar de ter confessado em audiência.

Ele apresenta risco médio para si próprio e risco elevado para terceiros, o que fundamenta a recomendação de um ano de internação hospitalar com reavaliação posterior.

Confissão e motivação

Em audiência em março, o acusado confessou que cometeu o homicídio após supostamente ouvir os pensamentos do porteiro, que teria admitido ser estuprador.

Gabriel Araújo trabalhava como porteiro no prédio onde Emilio morava. O réu afirmou que os funcionários do condomínio seriam capatazes do zelador e que incitavam abusos sexuais sem apresentar provas.

Antecedentes e crime

Emilio não possuía antecedentes criminais além de uma detenção entre 2001 e 2002, mas fontes ligadas ao processo indicam tentativas anteriores de homicídio contra duas namoradas.

O homicídio ocorreu pela manhã do dia 2 de dezembro de 2024, quando o porteiro foi esfaqueado e morto. Câmeras registraram o crime, e a polícia o identificou rapidamente com auxílio do monitoramento do condomínio.

Durante a abordagem policial, um revólver calibre 38 foi encontrado com ele, além de roupas usadas no crime e munições no apartamento.

Versão da defesa

O advogado João Moacir Correia de Andrade afirmou que a defesa já solicitava exame psiquiátrico e destaca que Emilio não está com plena consciência. Ele possui histórico de desvios de conduta agravados pelo uso de drogas.

Segundo o advogado, o acusado responderá pelo crime, e os profissionais responsáveis definirão o nível de sanidade para determinar os próximos passos jurídicos.

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