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Homem se torna réu por atropelar e arrastar ex em São Paulo
A Justiça de São Paulo aceitou a acusação do Ministério Público estadual contra Douglas Alves da Silva, de 26 anos, que foi formalmente acusado de ter atropelado e arrastado por cerca de 1 km Tainara Souza Santos, de 31 anos, na Marginal Tietê, na zona norte da capital, no dia 29 de novembro.
Com a decisão judicial, Douglas passa a responder oficialmente pelo crime, dando seguimento ao processo para a fase de instrução, onde testemunhas serão ouvidas e novas provas poderão ser apresentadas. Segundo a denúncia, o motorista seguia em alta velocidade quando atingiu a vítima e continuou conduzindo o veículo mesmo após o impacto, arrastando Tainara pela via.
A juíza Paula Marie Konno destacou que a investigação apresenta indícios suficientes da autoria e materialidade do crime. Além disso, ela defendeu a prisão preventiva do acusado para preservar a ordem pública e evitar que, estando em liberdade, ele possa ameaçar ou intimidar as vítimas e testemunhas envolvidas.
Douglas foi transferido para o sistema prisional na segunda-feira (8/12), conforme informado pela Secretaria da Segurança Pública. Ele está no Centro de Detenção Provisória II de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.
O advogado Marcos Tavares Leal, representante legal de Douglas, declarou ao Metrópoles que não foi notificado sobre a transferência. Ele afirmou saber que seu cliente está enfrentando uma situação delicada e ressaltou que seu papel é garantir a integridade física do réu.
Prisăo por tentativa de feminicídio
Douglas estava detido desde o dia 30 de novembro no 26º Distrito Policial (Sacomã), na zona sul de São Paulo, após atropelar e arrastar Tainara na manhã do dia anterior. A vítima sofreu graves ferimentos e precisou amputar ambas as pernas.
O casal teve um relacionamento intermitente, e o acusado não teria aceitado o fim do namoro, motivado por ciúmes ao ver Tainara conversando com outro homem.
Douglas fugiu do local sem prestar socorro e foi preso pela Polícia Civil em um hotel na Vila Prudente, zona leste de São Paulo. Ele é acusado de tentativa de feminicídio e teve sua prisão temporária convertida em preventiva.
Baleado durante prisão
Durante a detenção, Douglas tentou tomar a arma de um investigador, que reagiu e disparou, atingindo o braço do acusado. Após atendimento emergencial, ele foi encaminhado à delegacia e autuado em flagrante por resistência e desobediência.
Estado de saúde e testemunhos
Em audiência de custódia, Douglas alegou ter sido vítima de agressões e possível tortura enquanto detido. Seu advogado relatou que o cliente estava com uma ferida aberta causada pelo tiro e não teria recebido o atendimento médico adequado na carceragem, ambiente considerado insalubre.
A Secretaria de Segurança Pública afirmou que o preso receberá o acompanhamento médico necessário em sua unidade prisional.
Tainara permanece estável, conforme informado por uma amiga próxima. Ela passou por várias cirurgias após o atropelamento e está em processo de recuperação no Hospital das Clínicas, contando com suporte respiratório e preparo para novos procedimentos.
Mãe de dois filhos, Tainara vive sozinha com eles e enfrenta uma dura batalha após o ataque.
Detalhes do incidente
Câmeras de segurança registraram o momento em que Tainara foi atingida e arrastada pelo carro dirigido por Douglas. A vítima caminhava acompanhada por outro homem quando foi surpreendida pelo veículo.
O atropelamento ocorreu após uma discussão entre Douglas, Tainara e um homem que a acompanhava em um bar. Um amigo que estava com Douglas relatou que, ao encontrar Tainara conversando com outro homem, o acusado ficou furioso, iniciou um desentendimento e depois dirigiu o carro de forma agressiva, atropelando a vítima.
O amigo declarou em depoimento que o relacionamento entre o casal havia terminado recentemente, o que contradiz a versão de Douglas que afirmou desconhecer Tainara.


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