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Economia

Homens ganhavam 15,8% mais que mulheres em 2023

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Em 2023, os homens recebiam, em média, um salário 15,8% maior do que o das mulheres. Enquanto a remuneração masculina era de R$ 3.993,26, o valor para elas era R$ 3.449,00, resultando em uma diferença mensal de R$ 544,26.

O que mostra a desigualdade é que o salário médio das mulheres representava apenas 86,4% do valor pago aos homens.

Esses dados foram apresentados no levantamento Estatísticas do Cadastro Central de Empresas, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 13 de abril de 2023. A pesquisa considera informações das empresas e organizações formais que possuem Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).

Nos últimos dois anos, houve redução na diferença salarial: em 2022, os homens ganhavam 17% a mais que as mulheres.

O Brasil contava com 10 milhões de empresas e instituições formais ativas em 2023, um aumento de 6,3% em comparação ao ano anterior. Dessas, 7 milhões não tinham empregados assalariados.

Ao final de 2023, as empresas e organizações empregavam aproximadamente 66 milhões de pessoas, 5,1% a mais que em 2022. Desses, 79,8% eram assalariados (52,6 milhões) e os demais 13,3 milhões estavam na condição de sócios e proprietários.

O salário médio geral em 2023 foi de R$ 3.745,45, tendo aumentado 2% em relação ao ano anterior.

Os dados do IBGE mostram que, embora as mulheres representem 54,5% dos assalariados, os homens recebiam 58,1% da massa salarial total, enquanto as mulheres recebiam 41,9%.

Distribuição por setor e gênero

Quanto às atividades econômicas, quase um em cada cinco homens (19,4%) trabalham na indústria de transformação, seguidos pelos setores de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (18,8%) e administração pública, defesa e seguridade social (13%).

Já entre as mulheres, 19,9% atuam na administração pública, defesa e seguridade social, enquanto os setores do comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (18,2%) e saúde humana e serviços sociais (11,1%) também têm grande participação feminina.

As atividades com maior predominância masculina são construção civil (87,4%), indústrias extrativas (83,1%) e transporte, armazenagem e correio (81,3%).

Por sua vez, a área de saúde humana e serviços sociais destaca-se pela presença feminina, com 75% dos trabalhadores sendo mulheres. Isso supera a participação nos setores de educação (67,7%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (57,5%) e alojamento e alimentação (57,2%).

Escolaridade e salários

O levantamento destaca que 76,4% dos assalariados não possuem ensino superior. Aqueles com formação universitária recebiam uma média salarial mensal de R$ 7.489,16, valor três vezes superior ao dos trabalhadores sem nível superior, que ganhavam em média R$ 2.587,52.

A área da educação é a que tem maior proporção de trabalhadores com diploma universitário, com 65,5% dos empregados formando-se no ensino superior. Outros setores que se destacam são atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (59,9%) e organismos internacionais (57,4%).

Por outro lado, nos setores de alojamento e alimentação, 96,1% dos empregados não possuem ensino superior, e na agropecuária essa proporção é de 93,8%.

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