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Hungria proíbe entrada do grupo Kneecap por antissemitismo

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O governo da Hungria, que mantém uma aliança próxima com Israel, decidiu nesta quinta-feira (24) vetar a entrada do grupo de rap irlandês Kneecap, conhecido pelo apoio à causa palestina, para uma apresentação em um festival marcado para agosto.

Zoltan Kovacs, porta-voz do governo húngaro, anunciou no X que “Kneecap está formalmente proibido de entrar na Hungria devido a acusações de antissemitismo e apologia ao terrorismo”.

A proibição atinge os três integrantes da banda por um período de três anos.

Segundo Kovacs, “dar espaço a eles significa legitimar o ódio e o terrorismo, ameaçando os valores democráticos”.

Ele ressaltou o compromisso do governo em proteger a significativa comunidade judaica do país, situado na Europa Central.

Formado em Belfast, o Kneecap canta em inglês e irlandês e se posiciona firmemente ao lado da causa palestina.

Suas recentes declarações contrárias a Israel, feitas no festival de Glastonbury, Reino Unido, em junho, geraram grande polêmica.

Embora o grupo negue vínculo com o Hezbollah, Liam O’Hanna, conhecido como Mo Chara, está enfrentando processo por “infração terrorista” após exibir uma bandeira do grupo islamista libanês em um show em Londres em 2024, com audiência marcada para 20 de agosto na capital britânica.

O Kneeacp classificou a ação como “uma medida política autoritária do governo de Viktor Orban, sem base legal, e uma tentativa de silenciar as críticas ao genocídio do povo palestino”.

Várias vozes se manifestaram contra a decisão húngara, especialmente com a proximidade do show previsto para 11 de agosto no festival Sziget em Budapeste, que atrai centenas de milhares de visitantes anualmente.

Uma petição assinada por cerca de 300 artistas afirma que “discurso de ódio não deve ser aceito”, ressaltando que mais de dez festivais — principalmente na Alemanha e Escócia — já recusaram a participação do Kneecap.

O grupo se apresentou recentemente no festival Eurockéennes de Belfort, na França, em julho, e a apresentação programada para 24 de agosto no Rock en Seine provocou o corte do subsídio oferecido pela cidade de Saint-Cloud ao evento.

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