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Ibaneis decide exonerar diretor do Hran e chefe da regional de Saúde
Decisão ocorreu por denúncias de que havia boicote por parte de servidores do hospital, pois, mesmo com leitos, pacientes ficavam sem ajuda
O diretor do Hospital Regional na Asa Norte (Hran), Gustavo Bernardes, e o superintendente da Regional de Saúde Central, Adriano Ibiapina, serão exonerados de seus cargos. A determinação é do governador Ibaneis Rocha (MDB).
De acordo com o Palácio do Buriti, a decisão, tomada nessa terça-feira (19/3), foi motivada por denúncias de que haveria um boicote por parte de servidores do hospital, pois, mesmo tendo leitos, pacientes ficavam sem atendimento na unidade hospitalar.
A assessoria do governador informou que a determinação de Ibaneis é demitir servidores, concursados ou comissionados, que não acatem a orientação dele de prestar o melhor atendimento possível ao público.
Exoneração em Brazlândia
Em março, após a repercussão de um vídeo em que profissionais de saúde aparecem na sala de descanso do Hospital Regional de Brazlândia (HRBz) enquanto pacientes lotam o pronto-socorro da unidade à espera de atendimento, o governador determinou a exoneração do diretor da unidade de saúde, Valterdes Silva.
Além disso, ordenou à pasta da Saúde que instaure inquérito administrativo para apurar o caso. “A secretaria confirma que recebeu determinação do governador para exoneração do diretor do Hospital de Brazlândia e abertura de inquérito administrativo sobre os fatos narrados no vídeo. As determinações serão cumpridas”, ressaltou o órgão, em nota.
Durante lançamento de pacote de medidas em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o governador disse que o servidor público tem obrigação de atender bem a comunidade. “No momento em que nomeio um diretor, ele está lá exatamente para cuidar não só do atendimento da comunidade como da fiscalização. E fica o recado para quem não quiser partir para essa situação: atenda bem a comunidade, fiscalize os servidores que estão sob a sua guarda”, destacou.
O flagrante no Hospital Regional de Brazlândia foi feito em 6/3 pelo sargento da Polícia Militar Flávio Mendes, que trabalha no local. As imagens mostram servidores sentados em poltronas, assistindo à TV. Acreditando que o local era ocupado por médicos, o PM cobra que os profissionais assumam seus postos para desafogar a fila de atendimentos, mas é informado de que ali só havia dentistas.
A versão foi confirmada pela Secretaria de Saúde. Segundo a pasta, os três profissionais que aparecem na imagem são dentistas e não médicos, como denuncia o sargento. “Como não havia demanda de odontologia, os profissionais estavam em descanso, no aguardo de novas demandas”, diz a nota encaminhada ao Metrópoles.
De acordo com a SES, dois clínicos estavam escalados para cada turno de plantão em Brazlândia, atendendo somente pacientes graves, casos classificados como vermelho, laranja e amarelo, ou aqueles com possibilidade de se tornarem graves em caso de não atendimento.
Além disso, conforme explicou a pasta, os médicos atendiam pacientes internados na enfermaria do pronto-socorro e no box de emergência. Na ocasião, pacientes classificados sem gravidade, com a etiqueta verde, foram orientados a procurar uma das unidades básicas de saúde.
Fonte Metrópoles
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