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Ibirapuera: Prefeitura restringe uso de patins e skate a 13% da marquise
A Prefeitura de São Paulo propôs uma nova medida para controlar o uso da marquise do Parque do Ibirapuera, atualmente gerida pela concessionária Urbia.
A iniciativa limita a prática de patins e skate a apenas 13% da área total concebida pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o que corresponde a 3.600 metros quadrados dos 27 mil metros quadrados da marquise.
Essa proposta foi apresentada pelo secretário municipal do Verde e Meio Ambiente (SVMA), Rodrigo Ashiuchi, durante reunião com o conselho gestor do parque em 15 de dezembro de 2025.
Após anúncio inicial da gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) de proibir o acesso dos esportistas ao local, a Prefeitura reconsiderou a questão diante das manifestações dos usuários, cogitando liberar inicialmente apenas 10% da área para essas atividades. A Urbia declarou que trabalha em conjunto com a Prefeitura para estabelecer regras específicas para o esporte na marquise.
Bikes BMX também poderão circular na área destinada aos skatistas e patinadores. Crianças terão um espaço próprio de 700 metros quadrados, onde bicicletas com aro até 12 polegadas serão permitidas. Entretanto, veículos motorizados e elétricos, como patinetes, permanecem proibidos na marquise.
A proposta foi bem recebida pelos conselheiros, que aguardam a minuta oficial das normas para aprovação definitiva em reunião prevista para este ano. Contudo, preocupa-se com a área que poderá ser utilizada para fins comerciais pela concessionária.
William Callegaro, advogado e conselheiro, ressaltou que o plano de uso da marquise precisa ser claro, técnico e baseado em critérios de segurança, para evitar restrições indevidas às atividades tradicionais do local.
Segundo Rodrigo Ashiuchi, a Urbia considera a marquise uma zona estratégica para eventos e locação comercial devido à sua cobertura. Limitações ao uso esportivo seriam aplicadas principalmente em dias de movimentação intensa, como feriados e eventos.
A Prefeitura destacou que as regras garantirão circulação segura de pedestres, a preservação da estrutura histórica e normas para o convívio harmonioso, incluindo restrições ao uso de bicicletas maiores na área infantil.
Regulamentações anteriores, que proibiam esportes, piqueniques e outras atividades, receberam críticas e foram reconsideradas, com o secretariado afirmando que o uso será permitido sob regras específicas de espaço e segurança.
A concessionária Urbia defende as limitações para conservação do espaço e evita conflitos entre usuários, ressaltando a existência de áreas alternativas para esportes, como o skate park e pista na Ladeira da Preguiça. A empresa afirma que atividades esportivas na marquise não são adequadas.
Frequentadores e entidades assinaram carta defendendo que a marquise continue sendo um espaço público aberto, onde diversas atividades culturais, esportivas e comunitárias podem ocorrer livremente, respeitando regras de convivência.
A marquise está fechada desde 2019 devido a problemas estruturais. A reforma, inicialmente planejada pela Prefeitura, teve sua execução delegada à concessionária após questionamentos legais e adiamentos.
O prazo atual para reabertura é janeiro de 2026, na semana do aniversário da cidade. O custo da obra, inicialmente estimado em R$ 71 milhões, pode ultrapassar R$ 86 milhões ao final do projeto.

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