Economia
Ibovespa atinge 148 mil pontos impulsionado por otimismo com EUA e China e expectativa de corte de juros
O Ibovespa iniciou o dia registrando um recorde histórico, alcançando a marca de 148 mil pontos logo na abertura. O índice ultrapassou o patamar atingido anteriormente, de 147.976,99 pontos, registrado na segunda-feira. Esse avanço reflete a confiança dos investidores, motivada pelas expectativas de uma nova redução na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, que acontecerá nesta tarde, e pelo progresso nas negociações comerciais entre a China e os EUA.
Os presidentes Donald Trump e Xi Jinping se reunirão amanhã na Coreia do Sul, em um encontro esperado para durar de três a quatro horas. Hoje, Trump confirmou o compromisso com a reunião, destacando que acredita que será um encontro positivo para ambos os países.
Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus, afirma que este é um momento de celebração. Ele destaca que, além da expectativa pela redução das taxas de juros hoje, há também a esperança de novos cortes em dezembro. O recente elogio de Trump a Xi também contribui para a confiança do mercado.
Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença, ressalta que as declarações recentes trouxeram um sinal otimista, impulsionando o mercado brasileiro, embora o desempenho das ações da Petrobras tenha limitado ganhos maiores. As ações da estatal mostram desempenho misto, com as PN subindo ligeiramente e as ON caindo pouco.
A safra de balanços do terceiro trimestre, tanto no Brasil quanto no exterior, chama a atenção, apesar da agenda de indicadores estar em segundo plano. Nos Estados Unidos, as grandes empresas de tecnologia Alphabet, Meta e Microsoft divulgarão seus resultados após o fechamento dos mercados.
O Santander Brasil iniciou a temporada de divulgação de resultados dos grandes bancos, apresentando lucro 9,4% superior ao mesmo período do ano passado e 7,6% acima das estimativas. No entanto, a taxa de inadimplência abaixo de 90 dias aumentou de 3,4% para 3,9%. O resultado trimestral do banco foi de R$ 4,009 bilhões, superando as expectativas e celebrando a volta à marca dos R$ 4 bilhões, algo que não ocorria há mais de três anos.
O Bradesco divulgará seu balanço após o fechamento da B3, com previsão de aumento de 20,6% no lucro do terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2024. A Hypera publicou lucro líquido de R$ 456,1 milhões no terceiro trimestre, uma alta de 23,1%.
Patrick Buss, operador de renda variável da Manchester Investimentos, comenta que, apesar da expectativa positiva pelos balanços, investidores permanecem cautelosos, pois resultados abaixo da expectativa podem impactar negativamente os ativos.
Em relação às tarifas, o Senado dos EUA aprovou uma medida que revoga as tarifas anteriormente impostas ao Brasil. Esta proposta, liderada pelo democrata Tim Kaine e apoiada por senadores republicanos, ainda deverá passar pela Câmara dos Deputados, onde pode encontrar obstáculos até março de 2026. A decisão acontece após o recente encontro entre Trump e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva na Ásia, abrindo caminho para negociações futuras.
Ontem, o Ibovespa fechou em novo recorde, com 147.428,9 pontos, alta de 0,31%. Hoje, por volta das 11h12, o índice subia 0,73%, atingindo 148.528,84 pontos, tendo sua máxima em 148.614,38 pontos, e abriu próximo dos 147.429,81 pontos.
Do total de 82 ações, sete estavam em queda, como a MBRF, que recuava 2,59% após ter valorizado 15% no dia anterior. A Vale avançava 1,40%, acompanhando a alta de 1,93% do minério de ferro em Dalian. As Units do Santander cresceram 2,96% e as ações do Bradesco subiram cerca de 1%.

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