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Economia

Ibovespa atinge pico histórico com suporte da Vale e indica desaceleração

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No último pregão de outubro, o Ibovespa apresentou oscilações significativas, tentando manter-se acima da faixa dos 149 mil pontos, alcançando um novo recorde intradiário de 149.447,02, uma alta de 0,45%. Este valor superou a máxima do dia anterior, que havia sido de 149.234,04 pontos. Durante a manhã, o índice desacelerou, distanciando-se do patamar recorde, porém mantinha alta, impulsionado principalmente pela Vale.

Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, destaca que este movimento de alta prolongada tem fundamentação sólida, especialmente após a segunda redução consecutiva nas taxas de juros nos Estados Unidos nesta semana.

Algumas ações relacionadas ao ciclo econômico tiveram desempenho positivo, beneficiadas pela queda dos juros futuros. Além disso, o desempenho financeiro da Vale superou as expectativas, contribuindo para o ambiente favorável, juntamente com a valorização dos índices das bolsas de Nova York. Em contrapartida, após divulgação de resultados, a ação da Multiplan recuou cerca de 2%, enquanto a Gerdau apresentou leve alta de 0,11%.

Assim, o Ibovespa buscava sustentar a marca dos 149 mil pontos, com a Vale destacando-se com alta de 1,44%, enquanto investidores acompanhavam a teleconferência de resultados da companhia. Felipe Sant’Anna, especialista em ações da Axia Investing, descreveu o balanço da Vale como excelente.

A Vale reportou lucro líquido pró-forma de US$ 2,744 bilhões no terceiro trimestre, correspondendo a um crescimento anual de 78%. O lucro líquido atribuível foi de US$ 2,685 bilhões, 11% superior ao ano anterior e 11,9% acima das estimativas do Prévias Broadcast.

Porém, apesar dos bons resultados, há razões para cautela devido a um novo resultado fiscal negativo, conforme alertou Sant’Anna.

O setor público consolidado apresentou déficit primário de R$ 17,452 bilhões em setembro, superior ao déficit de agosto (R$ 17,255 bilhões), conforme dados do Banco Central, superando levemente a mediana das projeções do mercado que indicava déficit de R$ 17,30 bilhões.

Felipe Sant’Anna ressaltou que muitos investidores estão otimistas, ignorando aspectos domésticos, fiscais e políticos, mas alerta atenção à diferença entre os contratos futuros e o índice Ibovespa.

Além disso, investidores avaliam o fortalecimento do mercado de trabalho refletido nos dados da Pnad Contínua divulgados pela manhã.

Apesar da taxa de desemprego ter permanecido estável em 5,6% no trimestre até setembro, conforme dados sem ajuste sazonal, ao considerar o ajuste, a taxa subiu para 5,8%. Economistas do Itaú Unibanco, Natalia Cotarelli e Marina Garrido, indicam sinais iniciais de desaceleração no mercado de trabalho.

Ontem, o Índice Bovespa confirmou a sétima alta consecutiva, acumulando ganho de 3,23%, fechando com valorização de 0,10% aos 148.780,22 pontos, uma marca inédita para fechamento.

No início da manhã desta sexta-feira, o índice subia 0,35%, alcançando 140.307,93 pontos, partindo de uma mínima de abertura em 148.773,79 pontos, com variação estável.

A Vale subiu 2,21% e a Petrobras apresentou variação entre alta de 0,03% (PN) e queda de 0,19% (ON), acompanhando a tendência de alta nos preços internacionais do petróleo.

O minério de ferro encerrou em baixa de 0,56% em Dalian, China, onde o índice de gerentes de compras (PMI) industrial caiu para 49,0 em outubro, indicando contração do setor.

A Gerdau reportou lucro líquido de R$ 1,09 bilhão no terceiro trimestre, queda de 23,9% na comparação anual, embora 9% acima das antecipações do Prévias Broadcast. Simultaneamente, os conselhos da Gerdau e da Metalúrgica Gerdau aprovaram distribuição de dividendos, com a ação recuando 0,11%.

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