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Economia

Ibovespa atinge recorde com expectativa positiva em negociações comerciais

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A expectativa de progresso nas negociações comerciais entre os Estados Unidos, China e Brasil impulsiona a alta do Índice Bovespa logo no início desta segunda-feira, 27, que renovou sua máxima histórica atingindo 147.976,99 pontos às 10h17, com valorização de 1,23%. Além disso, o Índice Bovespa futuro ultrapassou 150.740 pontos no melhor momento do pregão. As bolsas ocidentais também apresentam alta.

Marcos Praça, diretor de Análise na ZERO Markets Brasil, comentou: “É um otimismo muito grande”.

Conforme destacou a analista de renda variável da Rico, Bruna Sene, o ambiente atual favorece a busca por ativos mais arriscados, com o principal indicador da B3 operando acima dos 147.578,39 pontos, marca estabelecida no fim de setembro e que representava a última máxima histórica. Esse movimento reflete a expectativa de acordos comerciais entre EUA e China, assim como junto ao Brasil, depois das recentes conversas entre as lideranças durante o fim de semana.

Ao mesmo tempo, as projeções mais leves para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o câmbio e o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), apresentadas no boletim Focus divulgado nesta manhã, tendem a reforçar o otimismo já verificado com a queda do dólar e dos juros futuros. Também está no radar o relatório de produção da Petrobras.

Bruna Sene complementa: “Vale lembrar que, mesmo durante o shutdown americano, o CPI dos EUA, divulgado na sexta-feira, ficou levemente abaixo do esperado, reforçando as expectativas de corte de juros nos Estados Unidos. Aqui, o boletim Focus indicou uma tendência de redução nas projeções de inflação”.

Perspectivas para política monetária e balanços

Esta semana contará com decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed), Banco Central Europeu (BCE) e Banco do Japão, além da divulgação de resultados de grandes empresas de tecnologia norte-americanas. No Brasil, a temporada de balanços ganha destaque com as confirmações de empresas como Vale, Bradesco e Santander.

Praça, da ZERO Markets Brasil, afirma que o otimismo nos mercados decorre não apenas das expectativas comerciais e do CPI mais baixo nos EUA, como também da desaceleração do IPCA-15 de outubro, divulgada na última sexta-feira. Tal cenário pode ampliar as apostas em cortes nas taxas de juros tanto pelos EUA quanto pelo Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil.

Praça reforça: “O mercado já precifica duas quedas de 0,25 ponto porcentual cada pelo Fed. Seria uma surpresa um corte de meio ponto ainda este ano, o que seria a cereja do bolo. Aqui no Brasil, o IPCA-15 indica que o Banco Central também pode iniciar cortes, e todos aguardam um sinal para o primeiro movimento”.

Encontros e declarações no cenário comercial

O destaque do fim de semana foi o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos EUA, Donald Trump, em Kuala Lumpur, Malásia, após os recentes aumentos tarifários sobre produtos brasileiros. Lula demonstrou confiança de que Brasil e Estados Unidos alcançarão um acordo comercial em breve.

Também no fim de semana, Trump expressou otimismo sobre a possibilidade de fechar um acordo “muito abrangente” com Xi Jinping, presidente da China, durante reunião prevista para quinta-feira.

Na segunda-feira, o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e presidente em exercício, Geraldo Alckmin, avaliou que o diálogo entre Lula e Trump “foi muito positivo” e que a conversa se intensificará nas próximas semanas.

Dados corporativos e do mercado

A Petrobras anunciou na sexta-feira produção média de 3,144 milhões de boed no terceiro trimestre, o que corresponde a um aumento anual de 17,3%. A produção média de petróleo cresceu 18,4%, alcançando 2,520 milhões de barris por dia. Embora as ações da estatal tenham subido inicialmente, fecharam em queda entre 0,27% (PN) e 0,54% (ON). O preço do petróleo ficou estável próximo do zero.

O minério de ferro encerrou o pregão em Dalian, China, com alta de 1,94%, enquanto as ações da Vale subiram 0,31%.

Boletim Focus e mercado financeiro

O boletim Focus mostrou redução na mediana das projeções para inflação ao longo dos próximos 12 meses, de 4,12% para 4,06%. A previsão para o IPCA de 2025 foi ajustada de 4,70% para 4,56%, próxima ao teto da meta, que é 4,5%. As estimativas para a taxa Selic permanecem em 15,00% para o final de 2025 e 12,50% para o fim de 2026.

Na última sexta-feira, o Ibovespa fechou em alta de 0,31%, aos 146.172,21 pontos.

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