Economia
Ibovespa busca 162 mil pontos com novo recorde
O Ibovespa iniciou a sessão desta quarta-feira (3) em alta, alcançando uma nova máxima histórica às 10h37, com 161.963,49 pontos, mesmo após ter registrado pela primeira vez mais de 161 mil pontos em seu fechamento ontem, quando subiu 1,56%, terminando em 161.092,25 pontos.
O movimento do Ibovespa nesta quarta reflete o ritmo contido dos mercados globais, enquanto investidores aguardam uma série de indicadores dos Estados Unidos. Recentemente foi divulgado o relatório ADP de emprego no setor privado dos EUA, que mostrou uma geração de vagas menor do que o esperado em novembro.
Após a divulgação do relatório ADP, o Ibovespa atingiu seu novo recorde histórico, com a máxima em 161.963,49 pontos.
Segundo Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, “o índice Bovespa continua o tom positivo do dia anterior, mas agora o movimento ganha características específicas”, referindo-se a fatores externos como a queda do dólar, que impulsionou o Ibovespa em 2025, e recentemente a valorização também decorre de fatores locais, incluindo a expectativa consolidada de corte da Selic em 2026 e elementos políticos.
Os dados dos EUA são importantes na véspera da decisão do Federal Reserve, que pode modificar as previsões para a trajetória das taxas de juros americanas. As bolsas de Nova York abriram em leve queda.
“O ambiente internacional permanece calmo, com agentes financeiros aguardando indicadores norte-americanos chave que ajudarão a ajustar as apostas sobre a decisão do Fed na próxima semana. No momento, a probabilidade implícita de corte de juros está em torno de 90%, segundo a CME, o que pode gerar alguma volatilidade se os dados forem mais conservadores”, explicou o economista sênior da Tendências, Silvio Campos Neto, em sua análise matinal.
Domésticamente, os investidores também acompanham o clima diplomático positivo após diálogo entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos EUA, Donald Trump. “Os ganhos recentes, principalmente do Ibovespa que ultrapassou 161 mil pontos, trazem espaço para alguma estabilidade”, reforça Campos Neto.
No cenário macroeconômico, a Fundação Getulio Vargas (FGV) apontou que o Indicador de Clima Econômico (ICE) na América Latina subiu 8,7 pontos no terceiro trimestre, alcançando 86,8 pontos, refletindo uma melhora uniforme nas principais economias da região, especialmente aquelas conectadas ao ciclo dos EUA. A FGV alerta, porém, que tensões geopolíticas envolvendo EUA, China e países latino-americanos mantêm a região em estado de cautela.
Às 11h31, o Ibovespa subia 0,16%, atingindo 161.343,66 pontos, partindo de uma abertura a 161.094,21 pontos, sem variação, e com a mínima do dia em 161.092,81 pontos.


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