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Economia

Ibovespa cai 0,21% e termina semana abaixo dos 136 mil pontos

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Sem atingir o patamar dos 136 mil pontos nesta segunda-feira (11), o Ibovespa fechou em leve queda de 0,21%, marcando 135.623,15 pontos, após movimentar apenas R$ 17,7 bilhões, valor abaixo do usual. O índice da B3 registra alta de 1,92% no mês e acumula ganho de 12,75% no ano. Durante o dia, oscilou entre 135.495,75 e 136.307,33 pontos, iniciando a sessão em 135.913,25.

Pedro Moreira, sócio da One Investimentos, explica que apesar da redução na taxa de juros longa e do cenário favorável para a inflação em 2026, o mercado continua instável devido às tensões políticas entre Brasil e Estados Unidos, especialmente após o cancelamento de reunião entre o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Essa situação mantém a volatilidade relacionada às tarifas.

O desempenho positivo da Petrobras, com alta moderada de 0,46% nas ações ON e 0,62% nas PN, não foi suficiente para evitar a queda do índice. Entre os bancos, as variações foram divergentes, com o Santander Unit caindo 0,48% e o Banco do Brasil ON subindo 0,90%. Dentre os destaques de alta do Ibovespa, estão Natura (+5,86%), Eletrobras (ON +1,92%, PNB +1,95%) e TIM (+1,16%). Do lado das perdas, Braskem recuou 7,76%, Azzas perdeu 5,79% e Vamos caiu 4,35%. A Vale ON inverteu a tendência e fechou com queda de 0,11%, mesmo com o avanço do minério na China.

Os contratos futuros de petróleo encerraram em alta nas bolsas de Londres e Nova York, acompanhando os movimentos tarifários dos EUA e as tensões geopolíticas globais. Na mesma tarde, os EUA anunciaram a extensão da trégua comercial com a China por mais 90 dias, enquanto o presidente Donald Trump planeja encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, para tratar do conflito na Ucrânia.

Segundo informações da jornalista Thais Porsch, da agência de notícias Broadcast, a redução nas apostas de alta para o preço do Brent foi observada recentemente, apesar dos riscos de fornecimento derivados das ameaças de sanções dos EUA contra compradores de petróleo russo, conforme análise do ING.

O dólar teve leve valorização frente ao real, alcançando R$ 5,44, enquanto o índice DXY também subiu na abertura da semana. Apesar das incertezas sobre o impacto das tarifas dos EUA na economia brasileira, a taxa Selic elevada a 15% ao ano ajuda a sustentar o fluxo de capital externo, segundo João Soares, sócio-fundador da Rio Negro Investimentos.

Soares observa que o enfraquecimento do dólar no cenário global tem levado países a buscarem alternativas para reservas, contribuindo para a valorização do ouro, próximo das máximas históricas, além do interesse em ativos como criptomoedas.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reiterou que a atuação do banco se baseia na avaliação detalhada das influências econômicas internacionais, como políticas tarifárias dos Estados Unidos, focando sempre no impacto sobre a inflação, seja ela atual ou projetada.

Além disso, Alison Correia, analista e cofundador da Dom Investimentos, ressalta que esta semana deverá trazer mais movimentações e dados importantes do mercado do que a anterior. Entre os destaques está o Boletim Focus, que pela 11ª semana consecutiva revisou para baixo as expectativas de inflação, agora estimada em 5,05% para este ano. Amanhã, dados do IPCA podem refletir pressões inflacionárias devido ao aumento dos custos da energia elétrica e das passagens aéreas.

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