Economia
Ibovespa cai levemente a 133 mil pontos

O Ibovespa manteve-se próximo aos 133 mil pontos, encerrando a sexta-feira (25) em 133.524,18 pontos, o que representou uma leve queda de 0,21%, oscilando em patamares que não eram observados desde o início de maio. Apesar de discreto em comparação à queda de 1,15% da quinta-feira, esse ajuste eliminou quase totalmente o ganho semanal do índice, que ficou em 0,11%. Esta leve alta sucede duas semanas de retração do índice da B3: -2,06% e -3,59% respectivamente nas semanas anteriores.
Durante o dia, o Ibovespa variou entre 133.285,09 e 134.204,42 pontos, abrindo aos 133.819,95 pontos. O volume financeiro ficou em R$ 14,1 bilhões, inferior aos dias anteriores. No mês, o índice apresenta recuo de 3,84%, mas acumula valorização anual de 11,01%.
Nos Estados Unidos, o governo de Donald Trump prepara uma nova declaração de emergência para justificar as tarifas prometidas para 1º de agosto sobre produtos brasileiros, segundo fontes da Bloomberg. A medida visa impor uma sobretaxa de 50%, algo sem precedentes, dado que o Brasil apresenta déficit comercial com os EUA, ao contrário de outros países tarifados.
Um grupo de 11 senadores do Partido Democrata enviou carta a Trump expressando profunda preocupação com o uso excessivo de poder na ameaça de guerra comercial contra o Brasil.
Em negociações comerciais, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou encontro com Trump para discutir relações comerciais transatlânticas, reforçando esforços para mantê-las fortes.
No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou estar negociando uma solução com os EUA e ressaltou que empresas americanas de tecnologia devem respeitar a legislação nacional. Destacou ainda que não aceitará certas exigências feitas por Trump, inclusive sobre questões políticas internas brasileiras.
Análises indicam que os EUA consideram substituir a tarifa mínima atual de 10% por 15%, às vésperas do ajuste tarifário previsto para 1º de agosto.
O mercado brasileiro demonstra cautela no curto prazo, segundo dados do Termômetro Broadcast Bolsa. A parcela que prevê queda no Ibovespa para a próxima semana subiu para 42,86%, enquanto aqueles que esperam alta caíram para 28,57%, mantendo estável a porcentagem que espera estabilidade.
Rodrigo Alvarenga, sócio da One Investimentos, comentou que a sessão foi lateral para DI e Bolsa, com valorização do dólar a R$ 5,5619. Ele observa que a polêmica sobre abusos de poder pelo governo americano tem deslocado o foco da questão econômica das tarifas, e que a inclusão de terras raras brasileiras na negociação pode ajudar a destravá-la.
Apesar do cenário cauteloso, algumas ações relevantes avançaram levemente: Petrobras ON (+0,46%), Petrobras PN (+0,13%), Itaú PN (+0,43%), Banco do Brasil ON (+0,85%) e Santander Unit (+0,15%) contribuíram para mitigar perdas do índice.
Em contrapartida, Vale ON, principal ação do Ibovespa, caiu 1,47%. Entre os maiores ganhos estão Vibra (+3,39%), Ultrapar (+2,54%) e Fleury (+2,33%), enquanto Yduqs (-4,69%), Natura (-2,55%) e CSN Mineração (-2,27%) ficaram entre as maiores perdas.

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