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Economia

Ibovespa em alta com ações principais e mercado externo, aguarda acordo tarifário

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O sentimento positivo nos índices globais de ações e commodities trouxe um leve impulso ao Ibovespa na manhã desta terça-feira, 29. A valorização é modesta devido às incertezas sobre tarifas comerciais. A agenda do dia está cheia, destacando o início das decisões de política monetária do Banco Central do Brasil e do Federal Reserve dos EUA, com deliberações previstas para quarta-feira, 30.

Com dúvidas em torno das tarifas norte-americanas aos produtos brasileiros que entrarão em vigor na sexta-feira, 1º de agosto, o principal índice da B3 encerrou a segunda-feira (28) com queda de 1,04%, fechando em 132.129,26 pontos. A poucos dias do aumento tarifário dos EUA sobre o Brasil e sem indicações de negociação, os investidores permanecem cautelosos, como visto no dia anterior.

Após iniciar o pregão no nível mínimo de 132.129,79 pontos (variação nula), o Ibovespa alcançou altas sucessivas por volta de 11h, impulsionado principalmente por ações de grande liquidez que haviam sofrido perdas no pregão anterior.

Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, avalia que a leve alta do Ibovespa “não revela toda a realidade”, devido à alta incerteza causada pelas tarifas americanas que afetarão produtos brasileiros a partir da sexta-feira.

“O desempenho é moderado, impulsionado por algumas ações de peso tentando se recuperar em um cenário incerto”, afirma Spiess.

No exterior, os índices acionários apresentavam moderada valorização enquanto investidores analisavam balanços corporativos europeus e americanos, além de indicadores econômicos, aguardando detalhes sobre o acordo comercial entre a União Europeia e os Estados Unidos.

O governo brasileiro mantém esforços para estabelecer diálogo com o presidente dos EUA, Donald Trump, visando negociar a tarifa de 50% aplicada a produtos brasileiros. Parlamentares brasileiros em Washington se reunirão com membros do Congresso americano para discutir a sobretaxa. Paralelamente, o deputado Flávio Bolsonaro afirma trabalhar para impedir que tais encontros prosperem.

Geraldo Alckmin, vice-presidente, mantém contato com autoridades americanas, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, propõe medidas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para minimizar os impactos da tarifa sobre setores vulneráveis.

Sem mencionar diretamente o Brasil, Donald Trump declarou que os Estados Unidos irão impor uma tarifa-base entre 15% e 20% para países que não fecharem acordos comerciais até sexta-feira.

Ao chegar ao Ministério da Fazenda em Brasília, Fernando Haddad comentou que a data de início das tarifas não é o aspecto mais relevante. O ministro informou ter entregue ao presidente Lula um plano de contingência para apoiar as empresas mais afetadas. Às 15h, Haddad concederá entrevista à CNN Brasil.

Após o fechamento da B3, serão divulgados os relatórios de produção e vendas da Petrobras referentes ao segundo trimestre, além dos balanços da TIM e Motiva. Na segunda-feira, a Telefônica Brasil, controladora da Vivo, anunciou crescimento de 10% em seu lucro líquido no segundo trimestre em comparação ao mesmo período de 2024, alcançando R$ 1,344 bilhão, embora 5,8% abaixo das previsões do Prévias Broadcast.

Às 11h17, o Ibovespa estava em alta de 0,61%, aos 132.941,65 pontos, chegando a subir 0,65% à máxima de 132.986,89 pontos. A Petrobras apresentava ganhos entre 0,62% (PN) e 1,03% (ON), acompanhando a valorização de aproximadamente 1% do petróleo. A Vale subia 0,40%, após uma leve queda anterior. No setor de metais, apenas a Gerdau registrava perdas, com até 1,71% de baixa em sua divisão de metalurgia. Entre os grandes bancos, o Itaú Unibanco destacava-se com alta de 0,90%.

Enquanto o petróleo subia, o minério de ferro em Dalian encerrou a sessão com alta de 0,63%, cotado a US$ 111,17 por tonelada.

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