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Economia

Ibovespa sobe com chance de corte de juros após inflação abaixo do esperado

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Os dados de inflação nos Estados Unidos e no Brasil vieram abaixo das expectativas, reacendendo a esperança de cortes na taxa de juros e oferecendo suporte para o mercado de ações, com destaque para papéis mais ligados à economia local entre as maiores altas do Ibovespa.

Com valorização próxima de 2% na semana, o índice praticamente reverte as perdas acumuladas em outubro, embora tenha perdido força no final do dia devido à cautela do mercado diante da possibilidade de encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil) e Donald Trump (EUA) no próximo domingo.

O Ibovespa encerrou a sessão em alta de 0,31%, aos 146.172,21 pontos, depois de atingir máxima de 147.239,76 pontos pela manhã, próximo do recorde histórico de 147.578,39 pontos registrado em 30 de setembro. Na semana, o índice avançou 1,93%, praticamente eliminando a queda de outubro, que ficou em -0,04%. Em 2025, acumula ganho de 21,52%.

“O destaque do dia são os dados de inflação. Tanto o IPCA-15 quanto o CPI ficaram abaixo do que o mercado esperava, o que fez os juros futuros recuarem e trouxe impacto positivo para a Bolsa, especialmente para setores cíclicos”, comenta o estrategista de ações da Nomos, Max Bohm.

O núcleo do índice de preços ao consumidor americano (CPI) subiu 0,2% em setembro na comparação com agosto, número inferior à mediana de alta de 0,3% prevista pelo mercado. Esse dado, ainda que momentâneo, representa uma pausa nas incertezas causadas pela paralisação temporária do governo dos EUA e abre espaço para que o Federal Reserve (Fed) possa reduzir os juros em sua próxima reunião.

No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,18% em outubro, abaixo da mediana de 0,24% esperada. Segundo o PicPay, os principais indicadores de inflação subjacente ficaram abaixo das estimativas, indicando uma tendência moderada de encerramento de 2025 dentro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Porém, o índice não conseguiu ultrapassar seu recorde histórico e perdeu força principalmente à tarde, reflexo da baixa liquidez, com volume financeiro de R$ 16 bilhões, inferior à média diária de R$ 23 bilhões.

Os investidores seguem mais cautelosos diante da possibilidade de um encontro entre Trump e Lula no domingo, além da reunião esperada entre o presidente dos EUA e o presidente chinês, Xi Jinping, para a próxima quinta-feira.

“Após um desempenho sólido da Bolsa, o mercado se prepara para o fim de semana com uma postura mais defensiva, pois espera por novidades geopolíticas e eventuais desdobramentos do shutdown americano”, avalia o sócio e analista Rafael Passos, da Ajax Asset.

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