Terça-feira negativa contém alta mais acentuada no mercado brasileiro, que esteve fechado na véspera
Bolsa: Ibovespa acompanha exterior positivo (Cris Faga/Getty Images)
O Ibovespa sobe nesta, quarta-feira, 22, puxado pelo bom humor no cenário internacional. O tom positivo nas bolsas de valores do mundo é impulsionado pela aprovação do pacote de 484 bilhões de dólares pelo Senado americano. Às 10h58, o principal índice brasileiro de ações subia 1,03% e marcava 79.784,62 pontos.
O novo estímulo bilionário, que prevê ajuda para pequenas empresas e hospitais, ainda precisa passar pela Câmara e ser autorizado pelo presidente Donald Trump para entrar em vigor. Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, acredita que não deve haver dificuldade para o projeto ser aprovado. “A Câmara [americana] está mais alinhada a gastar mais”, disse. Nos Estados Unidos, o S&P 500 subia 1,87%.
No restante do mundo, o ambiente também era favorável para o mercado acionário. Na Europa, o Stoxx 600 subia 1,63%, com destaque para a bolsa de Londres, que avançava mais de 2%. Os mercados asiáticos também apresentaram ganhos.
“Por enquanto, os mercados estão precificando que as coisas vão começar a voltar ao normal, mas a possibilidade de uma segunda onda da doença pode mudar isso”, disse Gabriel Ribeiro, analista da Necton Investimentos. Para ele, “foi até uma surpresa”, o Ibovespa ter aberto em alta.
No mercado brasileiro, que esteve fechado na véspera em função do feriado de Tiradentes, a alta mais contida refletia a terça-feira negativa nos mercados globais, influenciada pela instabilidade na indústria do petróleo, que, sem ter mais espaço de estocagem, viu a commodity ser negociada em terreno negativo no início da semana. O ETF EWZ, que representa a bolsa brasileira nos Estados Unidos, caiu 3,29% na terça.
Gustavo Cruz também vê a possibilidade de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo anunciarem um novo corte de produção como um gatilho positivo para este pregão. “O conflito entre Rússia e Arábia Saudita foi resolvido. Mas a queda de demanda por petróleo ainda está longe de um solução”, afirmou.
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