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IDH do DF recua na pandemia, mas segue sendo o maior do Brasil, diz pesquisa

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Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) salienta que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no DF recuou com a pandemia da covid-19, mas o número ainda é considerado alto e acima de 0,8 — a variação é entre 0,0 e 1,0

O Distrito Federal possui o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, segundo um relatório divulgado nessa segunda-feira (27/5) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Os dados, de 2021, mostram que a capital federal possui uma taxa de 0,814, a maior do Brasil.

A taxa no DF é considerada altíssima pelos economistas, principalmente pelo consolidado entre 2012 — primeiro ano de divulgação dos relatórios — a 2019, de aumento do IDH em 4,1%. No entanto, em decorrência da pandemia de covid-19 no país, todas as unidades da federação registraram queda do IDH até 2021. Mas, no DF, o recuo foi considerado um dos maiores do país, de -5,2%.

Segundo a coordenadora de Desenvolvimento do PNUD, Betina Barbosa, o DF estar no topo do IDH do país não é uma novidade, principalmente pelo demonstrado entre 2012 a 2019. No entanto, no relatório elaborado por ela e outros economistas, revelam uma novidade: a capital federal foi um dos estados mais afetados pela covid-19, que vitimou desde o início da pandemia 12 mil pessoas.

“O DF sempre teve o maior IDH do país. No entanto, o fato de a capital federal ter sido um dos mais afetados pela pandemia nos chamou muito a atenção. Isso pode ter causado pelo comportamento do estado durante esse período pandêmico”, alerta.

“Há uma teoria internacional que diz que os locais mais frágeis, em questão de IDH, teriam mais dificuldade de enfrentar a crise da pandemia. Mas, no Brasil, isso trouxe um paradoxo muito grande. Todos os estados brasileiros perderam com a pandemia, mas menos e mais que os outros. O Maranhão, por exemplo, conseguiu medidas cautelares eficazes e obteve um número de queda muito pequeno, diferente do DF”, salientou.

O IDH é um indicador que mede a qualidade de vida de um país, com base em fatores como expectativa de vida, anos de escolaridade e renda per capita, que varia entre 0,000 e 1,000 — quanto mais próximo do 1,000 maior o desenvolvimento humano de uma localidade. A economista explica que o que foi construído na capital federal de 2012 a 2019, foi desfeito em apenas dois anos de pandemia.

“O DF aparece no top-10 de maiores taxas de mortalidade pela covid-19 em 2021 no mundo. Isso é um dado muito elevado, principalmente porque o DF é bem pequeno, mas possui uma população considerada grande. O que queremos trazer e alertar com esse relatório é que necessita melhorias em políticas públicas. Talvez isso tenha sido deixado de lado no auge da pandemia”, aponta. “O nível alto do IDH deve-se muito à renda da classe alta no DF, mas todos nós sabemos que o estado não são só essas pessoas”, detalhou, à reportagem.

Correio Braziliense

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