Um dos condomínios em situação irregular é o 17, na QN 30. O residencial tem 14 blocos, com 282 apartamentos no total. A coordenadora pedagógica Naandi Nascimento afirma que a construção terminou em novembro de 2017, um mês antes do prazo previsto.
A costrutora, porém, entregou aos compradores apenas as chaves dos banheiros e dos quartos, pois ninguém poderá se mudar para os imóveis. Por isso, o banco continua descontando a taxa dos juros de obra – isso porque, oficialmente, os apartamentos não estão concluídos.
“Está todo mundo pagando aluguel, querendo se mudar, mas ninguém consegue. Muitas pessoas deixaram de matricular os filhos na escola perto porque não tinham como comprovar endereço”, relata a coordenadora pedagógica.
Naandi afirma ainda que os apartamentos já constam como entregues na pesquisa por CPF no site da Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab). “A Agefis diz que está indo nos condomínios e vai liberar tudo de uma vez. As pessoas ligam lá e falam que na última semana de fevereiro vai sair, depois só em março, talvez em abril, nunca o dia.”
A construtora JC Gontijo, responsável pela obra, informou que seis condomínios estão nessa situação. A empresa alega ter resolvido as pendências encontradas na vistoria realizada entre 24 e 31 de janeiro e diz que aguarda desde 5 de fevereiro as revistorias da Agefis.
Uma proprietária do Condomínio 23, que não quis se identificar, afirmou que o diálogo com o GDF está difícil. “A Agefis disse que, se não tivesse nenhuma documentação faltando, entregaria de todos os prédios de uma vez ainda em fevereiro. Mas, até agora, nada”.
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