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Implementar é o único caminho, afirma Marina sobre metas climáticas

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Ao ser questionada sobre suas expectativas para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá em Belém, no próximo novembro, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, foi clara ao dizer que “a única direção agora é colocar em prática as ações”.

Marina Silva fez esse comentário durante um evento no Rio de Janeiro, no último sábado (16), dedicado à mobilização política em prol da ação climática, organizado pelo The Climate Reality Project, liderado pelo ex-presidente dos Estados Unidos e ativista ambiental, Al Gore.

Respondendo aos jornalistas, a ministra destacou: “É vital colocar em prática os compromissos que já foram acordados consensualmente. Assumimos metas em Dubai, no Azerbaijão, como o financiamento climático de US$ 1,3 trilhão, o objetivo de triplicar a energia renovável, duplicar a eficiência energética, abandonar progressivamente os combustíveis fósseis e o desmatamento, além de viabilizar recursos para perdas e danos. Tudo isso já está decidido”.

Marina Silva enfatizou que o mundo está em um momento crucial, após 33 anos de debates, enfrentando uma crise civilizacional na qual líderes muitas vezes entram em confrontos entre si em vez de combaterem ameaças globais. “Metade de um milhão de pessoas morrem anualmente devido às ondas de calor, que em dois anos têm causado mais mortes do que a pandemia de covid-19”, ressaltou.

Segundo a ministra, o êxito nas negociações climáticas depende de um planejamento eficaz para a próxima década, que assegure a efetividade das medidas para limitar o aquecimento global a 1,5ºC acima do nível pré-industrial. “Se o Acordo de Paris nos guiou para regras e negociações, agora ele deve direcionar o caminho para a implementação”, reforçou Marina Silva.

Quanto aos recursos de terras raras localizados em áreas ocupadas por comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas, a ministra reiterou seu apoio à decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de vetar dispositivos relacionados a esses temas na legislação que alterou o licenciamento ambiental no Brasil, resultando na Lei nº 15.190.

“A decisão e os vetos do presidente Lula no projeto de lei, que preservam o direito de manifestação dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais sobre qualquer empreendimento que afete suas terras, são parte dessa resposta”, declarou Marina Silva.

Para ela, soluções técnicas devem sempre ser acompanhadas de responsabilidade ética para com aqueles que mantêm modos de vida distintos e desempenham papel fundamental na proteção dos recursos naturais e do equilíbrio planetário. “É essencial que não se olhe apenas para as necessidades da demanda, mas que se considere também o aspecto ético da oferta. Esses são pontos concretos que o Brasil deve destacar na COP para deixar um legado verdadeiro”, concluiu.

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