Brasília – A taxa de inadimplência no crédito livre passou de 4,4% em junho para 4,3% em julho, informou nesta quarta-feira, 29, o Banco Central. Em julho de 2017, a taxa estava em 5,6%.
Para pessoa física, a taxa de inadimplência seguiu em 5,0%. Para as empresas, a taxa passou de 3,7% para 3,4%.
A inadimplência do crédito direcionado passou de 1,5% em junho para 1,6% em julho.
Já o dado que considera o crédito livre mais o direcionado mostra que a taxa de inadimplência seguiu em 3,0% de junho para julho.
Endividamento das famílias
O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro ficou em 41,6% em junho ante 41,5% em maio. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento foi de 23,4% em junho ante 23,3% em maio.
O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses. Além disso, incorpora os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE.
Segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) passou de 20,1% em maio para 20,3% em junho. Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda foi de 17,7% para 17,8% no período.
Spread
O spread bancário médio no crédito livre permaneceu em 29,4 pontos porcentuais em julho. Esse foi o spread verificado em junho.
O spread médio da pessoa física no crédito livre foi de 43,4 para 42,7 pontos porcentuais no período. Para pessoa jurídica, o spread médio passou de 11,8 para 12,7 pontos porcentuais.
O spread médio do crédito direcionado seguiu em 3,9 pontos porcentuais em julho.
Já o spread médio no crédito total (livre e direcionado) passou de 17,7 para 17,8 pontos porcentuais no período.
Crédito para habitação
O estoque das operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceu 0,5% em julho ante junho, totalizando R$ 578,973 bilhões.
Em 12 meses até julho, o crédito para habitação no segmento pessoa física subiu 4,3%.
Já o estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física avançou 0,7% em julho ante junho, para R$ 158,753 bilhões. Em 12 meses, houve alta de 11,0%.
Estoque
O estoque total de operações de crédito do sistema financeiro caiu 0,2% em julho ante junho, para R$ 3,125 trilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses, houve alta de 2,4%.
Em julho ante junho, houve elevação de 0,5% no estoque para pessoas físicas e baixa de 1,0% para pessoas jurídicas.
De acordo com o BC, o estoque de crédito livre cedeu 0,1% em julho, enquanto o de crédito direcionado recuou 0,3%.
No crédito livre, houve alta de 1,0% no saldo para pessoas físicas no mês passado. Para as empresas, o estoque cedeu 1,3% no período.
O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 46,8% em junho para 46,4% em julho.
As projeções do BC, atualizadas no último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), em junho, indicam expansão de 3,0% para o crédito total em 2018. A projeção para o crédito às famílias este ano é de alta de 7,5%, enquanto o crédito das pessoas jurídicas deve recuar 2,0%. O BC projeta ainda alta de 7,0% no saldo de crédito livre no ano e retração de 1,0% no direcionado.
BNDES
O saldo de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas recuou 0,7% em julho ante junho, somando R$ 455,173 bilhões. Em 12 meses, a queda acumulada é de 11,8%.
Em julho, houve recuo de 2,7% nas linhas de financiamento agroindustrial, baixa de 0,6% no financiamento de investimentos e queda de 5,1% no saldo de capital de giro.
Setores
O saldo de crédito para as empresas do setor de agropecuária somou R$ 22,480 bilhões em julho, o que representa uma alta de 0,3% ante junho.
Já o saldo para a indústria atingiu R$ 658,685 bilhões em julho, baixa de 1,1%. O montante para o setor de serviços somou R$ 711,423 bilhões no mês passado, queda de 1,5%.
No caso do crédito para pessoa jurídica com sede no exterior e créditos não classificados (outros), o saldo somou R$ 29,673 bilhões em julho, uma alta de 15,0%.
Fonte: EXAME
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