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Índia diz que tropas chinesas realizaram movimento militar na fronteira

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O premiê indiano Narendra Modi e o presidente chinês Xi Jinping
Foto: Twitter/ Reprodução

A Índia afirmou, nesta segunda-feira (31), que tropas chinesas realizaram movimentos militares no fim de semana na disputada região fronteiriça entre os dois países, em novo episódio de tensão.

“Entre 29 e 30 de agosto de 2020, as tropas chinesas violaram o consenso anterior alcançado durante engajamentos militares e diplomáticos sobre o impasse em curso no leste de Ladakh e realizaram movimentos militares provocativos para mudar o status quo”, disse o exército indiano em um declaração.

Segundo o relatório, os soldados indianos frustraram a oferta chinesa de “mudar unilateralmente os fatos na prática”.

Confronto em junho

Soldados indianos foram mortos durante um “confronto violento” com tropas chinesas na fronteira entre os dois países, na região do Himalaia, em 15 de junho. Segundo o Exército indiano, ao menos 17 soldados morreram no conflito, o que, segundo analista, representou as primeiras mortes em confrontos na fronteira entre os dois gigantes asiáticos em 45 anos.

A tensão tem crescido na região do Himalaia, ao longo de uma das maiores fronteiras terrestres do mundo, com Nova Délhi e Pequim acusando uma a outra de ultrapassar a área fronteiriça conhecida como LAC, que separa os dois vizinhos detentores de armas nucleares. Esse território é disputado há muitos anos e palco de inúmeros conflitos pequenos e disputas diplomáticas desde a sangrenta guerra entre os dois países, em 1962.

A LAC vai de Aksai Chin, sob controle da China, até a disputada região de Jammu e Caxemira. Essa linha resultou da disputa pela área fronteiriça entre a China e a Índia em 1962, mas nenhum dos lados concorda exatamente com o outro em relação a onde ela começa e qual o seu tamanho.

Aksai Chin é administrada pela China como parte de Xinjiang, mas também é reivindicada pelo governo indiano como parte de Ladaque.

O aumento de tropas na região deixou muitas pessoas preocupadas com o potencial de um confronto, principalmente porque os meios de comunicação chineses e indianos publicaram pedidos de ação absurdos.

Os líderes chinês e indiano, Xi Jinping e Narendra Modi, conseguiram reunir apoio da população em grande parte por causa do nacionalismo e da promessa de uma futura grandeza. Isso normalmente é traduzido como uma retórica agressiva, ainda mais quando dirigida ao público local. Tal abordagem ficou evidenciada na cobertura chinesa das manobras do Exército de Libertação Popular (ELP) no Himalaia.

* Com informações de Sanjeev Miglani, da Reuters; e James Griffiths, Swati Gupta e Ben Westcott, da CNN

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