Brasil
Índice de confiança do consumidor cai à mínima recorde em setembro, diz ACSP
“A manutenção do índice no campo pessimista acontece não apenas por questões econômicas, mas também pelo agravamento da crise política. As instabilidades econômica e política no País dificultam quaisquer perspectivas quanto ao comportamento futuro do índice”, afirma Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Na divisão geográfica, a confiança dos consumidores do Sudeste caiu para 72 pontos em setembro, de 76 pontos em agosto. No Estado de São Paulo, a confiança recuou para 73 pontos, de 79. Na região no Norte/Centro-Oeste, o índice teve retração para 76 pontos, de 77 pontos. No Nordeste houve estabilidade a 87 pontos. A Região Sul foi a única a registrar melhora, com a confiança avançando para 77 pontos, de 76 pontos.
Em relação aos grupos socioeconômicos, a classe A/B se mantém como a mais pessimista, com o índice de confiança caindo para 69 pontos, de 72 pontos. Na classe C, o indicador passou para 80 pontos, de 82 pontos. E na classe D/E houve alta para 82 pontos, de 84 pontos.
Quando perguntados se sua situação financeira atual é boa, apenas 23% dos entrevistados responderam que sim em setembro (de 25% em agosto), enquanto 53% disseram que a situação é ruim (de 51% no mês anterior). Em relação ao futuro, a percepção é um pouco melhor: 32% acreditam que estarão numa situação financeira melhor (de 33% antes), enquanto 34% se veem em um futuro pior (estável ante agosto).
Em setembro, apenas 15% dos entrevistados disseram se sentir seguros no emprego (estável ante agosto), enquanto 55% expressaram insegurança (de 57%).
Questionados se, em vista da situação econômica atual, aceitariam ter benefícios trabalhistas reduzidos, 38% disseram que não. Já 28% aceitariam manter o emprego, mas ter o salário reduzido; outros 21% aceitariam manter o emprego, mas abrir mão de reajuste de inflação ou dissídio; 11% aceitariam manter o emprego, mas tendo de tirar férias compulsórias não remuneradas; e 7% aceitariam um acordo de demissão voluntária.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Ipsos entre os dias 14 e 30 de setembro, a partir de 1,2 mil entrevistas domiciliares, em 72 municípios do País.
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